A nudez contra as desordens alimentares. Numa iniciativa em prol de uma instituição, quase 800 homens e mulheres despiram-se de preconceitos e bateram o recorde do maior mergulho coletivo nu. Foram angariados mais de 10 mil euros para campanhas de luta contra as desordens alimentares.

A nudez da Austrália é mais numerosa do que a da Nova Zelândia. Ontem, quase 800 homens e mulheres australianos bateram, na praia de Perth, o recorde do maior mergulho coletivo nu, que pertencia aos 749 neozelandeses.

A competição teve um fim solidário: a tentativa de bater um recorde constante no icónico livro do Guinness visava angaria fundos para a Fundação Borboleta, uma instituição australiana que luta contra as desordens alimentares.

O duplo objetivo foi alcançado: os participantes australiano bateram o recorde e conseguiram angariar mais de 10 mil euros, que permitirão financiar campanhas contra desordens alimentares como anorexia e bulimia. A ‘má impressão’ sobre o próprio corpo é responsável por 2000 mortes anuais, como não se cansou de referir a organização.

Na praia de Perth, os mergulhadores-nudistas tinham de estar pelo menos cinco minutos no mar, com a água a chegar até à cintura. Durante esse período, tinham de submergir e aguentar dentro de água o máximo de tempo possível.

Esta “celebração da saúde e da diversidade” reuniu famílias, casais e grupos de amigos em prol de uma causa solidária, como lembrou uma das participantes, Sarah Jimmy.

“Tenho 23 anos e nunca me senti tão aceite e confortável como hoje, quando estive nua com mais 790 pessoas. Se tivesse tido esta experiência quando era adolescente, vendo como os outros são e percebendo que cada um é bonito à sua própria maneira, não teria sofrido tantos anos de dúvidas e fraca autoestima”, reforçou a recordista.