Núcleo da GNR decide apreender nove leões do circo Cardinali, que está em Lisboa, no Parque das Nações. Em causa está a ausência de registo, como determina a convenção internacional de animais selvagens. Victor Hugo Cardinali vai ter de pagar uma multa cujo valor mínimo atinge os 38 500 euros. A filha do domador, Yolanda Cardinali, assegura, em declarações ao jornal i, que tem toda a documentação.
Instalado no Parque das Nações, em Lisboa, o circo Cardinali foi alvo de uma inspeção da Guarda Nacional Republicana (GNR), através do Núcleo de Proteção Ambiental de Lisboa, em parceria com o Instituto de Conservação da Natureza e das Floresta.
Dessa diligência resultou a apreensão de nove leões, cujo proprietário, segundo aquela autoridade, não tem o respetivo registo, como obriga a convenção internacional de animais selvagens.
A apreensão dos leões do circo Cardinali foi feita ontem. O responsável do Núcleo de Proteção Ambiental do Comando Territorial de Lisboa da GNR, capitão Alves, afirma à Lusa que o proprietário dos leões “não têm registo”, ao contrário do que determina “a convenção Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção”.
Versão diferente apresenta Yolanda Cardinali, que garantiu ao jornal i que os animais estão legais. “Os leões foram comprados na África do Sul e fomos buscá-los a Espanha. Estão registados com documentos espanhóis”, adiantou a filha do domador, àquele jornal.
Os nove leões apreendidos ficaram, no entanto, “confiados ao dono do circo, que é fiel depositário dos mesmos”, ainda que não possa usar os animais nos espetáculos, antes do fim do processo, que decorre no Instituto de Conservação da Natureza e das Floresta.
Caso se prove culpa, Victor Hugo Cardinali terá de pagar uma multa cujo valor mínimo é de 38 500 euros. O Circo Cardinali está no Parque das Nações, até 5 de janeiro.