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Cinco distritos concentram mais de 60% dos casos de violência doméstica

Os distritos de Lisboa, Porto, Setúbal, Aveiro e Braga foram os que em 2018 registaram mais ocorrências de violência doméstica, representando mais de 60 por cento do total de participações, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI).

De acordo com o RASI de 2018, hoje entregue no parlamento, a violência doméstica contra cônjuge registou uma diminuição de 0,8 por cento com 22.423 casos registados nas forças de segurança em 2018, menos 176 casos.

Em termos absolutos Lisboa registou 5.981 casos, o Porto 4.614, Setúbal 2.458, Aveiro 1.804 e Braga 1.801 participações à Polícia de Segurança Pública e à Guarda Nacional Republicana.

As participações registadas nas regiões autónomas representaram cerca de 7 por cento.

Quanto à taxa de incidência, as mais elevadas registaram-se nas regiões autónomas com 3,9 nos Açores e 3,4 na Madeira.

No continente a taxa de incidência de violência doméstica foi de 2,5, destacando-se Santarém com a menor taxa (1,7) e os distritos de Faro (3,2), Portalegre (3), Setúbal (2,9), Lisboa (2,6), Porto (2,6) e Aveiro (2,5) com taxas superiores à média nacional que é de 2,57.

O relatório indica ainda que 78,6 por cento das vítimas são mulheres e 83,5 por cento dos denunciados são homens e que em 53,1 por cento dos casos a vítima é cônjuge.

Em 16,7 por cento das situações é ex-conjuge, em 15,1 por cento é filho ou enteado e em 5,4 por cento é pai/mãe/padrasto ou madrasta.

Seis por cento dos denunciados têm idades entre os 16 e os 24 anos e quanto às vítimas 12,2 por cento têm menos de 16 anos e 9,4 por cento ente entre 16 e 24 anos.

O RASI dá conta de uma diminuição de 8,6 por cento da criminalidade violenta e grave no ano passado, em relação a 2017, e de uma descida de 2,6 por cento dos crimes gerais, apesar de se ter registado um aumento de 34,1 por cento dos homicídios e de 46,4 por cento dos crimes de extorsão.

Os crimes que contribuíram para a diminuição da criminalidade violenta e grave no ano passado foram o roubo por esticão, que desceu 18,6 por cento, o roubo na via pública sem ser por esticão, que baixou 9,4 por cento, menos 552.

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