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Cientista Keith Campbell, ‘pai’ da ovelha Dolly, morreu em Nottingham

keith campbellO investigador Keith Campbell, que se tornou célebre por liderar o trabalho de geração da ovelha Dolly – o primeiro mamífero clonado do mundo, criado a partir de uma célula – morreu em Nottingham. Campbell contava 58 anos e faleceu no passado dia 5 de outubro, mas só agora a sua morte foi tornada pública, através de um comunicado da Universidade de Nottingham, citado pela agência AFP.

O cientista Keith Campbell morreu no passado dia 5 de outubro, revelou ontem a agência AFP, que teve acesso ao comunicado que a Universidade de Nottingham emitiu, onde dá conta desta perda.

Campbell exercia funções de docente e investigador naquela universidade, desde o ano de 1999. As causas da sua morte não são conhecidas, uma vez que aquela instituição de ensino britânica preferiu não torná-las públicas.

Este cientista inglês tornou-se conhecido pelo trabalho de clonagem do primeiro mamífero do mundo, que nasceu a partir de uma célula de um animal adulto.

Os investigadores Keith Campbell e Ian Wilmut criaram no Instituto Roslin, através do processo de clonagem, a ovelha Dolly, que nasceu a 5 de julho de 1996, na Escócia, país onde viveu durante seis anos e oito meses.

Dolly foi clonada a partir das células da glândula mamária de uma ovelha com cerca de seis anos, através de uma técnica conhecida como transferência somática de núcleo.

A mais célebre ovelha do mundo teve uma vida normal e deu à luz duas crias. Até que em 1999 foi divulgado um trabalho na revista Nature, segundo o qual Dolly poderia tender a desenvolver formas de envelhecimento precoce.

Esta questão suscitou uma acesa polémica na comunidade científica, relativamente à influência da clonagem nos processos de envelhecimento – tema que ainda na atualidade permanece obscuro.

E em 2002 foi anunciado que a ovelha Dolly sofria de um tipo de artrite degenerativa, possivelmente resultante do envelhecimento precoce ao qual esta ovelha estaria ‘condenada’.

Dolly acabou por ser abatida em fevereiro de 2003, para não enfrentar uma morte dolorosa por infecção pulmonar incurável. O seu corpo, embalsamado, está exposto no Royal Museum, em Edimburgo, na Escócia.

Keith Campbell, um dos dois responsáveis pelo trabalho inédito, morre quase uma década depois. Precocemente, tal como a ovelha Dolly.

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