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Células de gordura permitem a cientistas reconstruir osso humano

osso 210ossoAs células de gordura podem ser a matéria-prima para o ‘fabrico’ de ossos. Na Bélgica, uma equipa de cientistas conseguiu extrair as células estaminais para reconstruir uma parte danificada do osso de um paciente.

Uma equipa de cientistas da Universidade Católica de Lovaina, na Bélgica, ‘deu uma mão’ à reconstrução de estruturas ósseas. Através de uma técnica inovadora, os investigadores conseguiram extrair células estaminais das células de gorduras, criando uma espécie de pasta moldável para aplicar em fraturas ósseas.

“Descobrimos que a gordura continha 500 vezes mais células estaminais do que a medula e, além disso, podia converter-se em osso e resistir perfeitamente à privação de oxigénio e de vasos sanguíneos”, resumiu Denis Dufrane, o coordenador do estudo, citado pelo diário Le Soir.

A principal vantagem desta nova técnica é a maior abundância de células estaminais na gordura face à medula espinal. A maioria dos ensaios para regenerar estruturas ósseas tem sido baseada nas células estaminais da medula e os resultados, admitiu Dufrane, têm sido “dececionantes”.

Daí essa “vontade de procurar soluções, principalmente para os jovens pacientes com cancro do osso”, que levou os cientistas da universidade belga a testar uma nova técnica que, acreditam, irá revolucionar o tratamento de fraturas e de doenças como o cancro ósseo.

Essa técnica baseia-se na extração das células estaminais da gordura para cultivo e criação da ‘pasta’ a aplicar nas partes ósseas danificadas. O modelo foi testado em 11 pacientes com degeneração dos discos vertebrais e doenças que impediam a regeneração óssea espontânea, incluindo tumores ósseos ou disfunções metabólicas como a síndrome de Blackfan-Diamond.

Os resultados deixaram os investigadores “entusiasmados”, confessou o coordenador do projeto, uma vez que as partes do osso danificadas foram recuperadas sem que tenham ocorrido novas fraturas. Nas tentativas anteriores, os pacientes sofriam sempre mais fraturas e tinham de recorrer a várias intervenções.

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