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Para Marcelo, Cavaco “tem que ter cuidado” com as palavras que diz

marcelo rebelo sousa Para o comentador Marcelo, o Presidente da República, Cavaco Silva, “não esteve bem” nas explicações que deu sobre o caso BES. O histórico do PSD aconselha “cuidado” ao chefe de Estado, que abordou ainda as eleições da Grécia como um tema “arriscado” para os partidos portugueses.

Cavaco Silva “tem que ter cuidado”. Mais do que um aviso, Marcelo Rebelo de Sousa aconselhou o Presidente da República a avaliar bem o conteúdo das intervenções públicas quando em causa está o caso BES.

“Não esteve bem”, explicou o comentador político da TVI, salientando que o chefe de Estado foi confrontado com afirmações anteriores de “que nunca tinha falado no BES”, o que está errado: “Falou e em termos que levaram as pessoas a acreditar que o aumento de capital era para levar a sério e estava tudo bem”.

Se é verdade que o Presidente da República não tem “de responder perante o Parlamento”, tem o imperativo ético, segundo Marcelo, de esclarecer a qualidade das intervenções que proferiu sobre o banco.

“Onde acho que Cavaco Silva não esteve bem não foi no facto de não querer narrar o que se passa nos encontros, foi no facto de ter parecido à opinião pública que ele estava a dizer que nunca tinha falado no caso BES quando no fundo o que ele quis dizer foi ‘Eu não falei expressamente de pormenores do caso BES’. Mas falou no caso BES, não pode dizer agora ‘Eu do BES nunca falei’”.

Um tema “arriscado”

No comentário dominical para a TVI, o ex-presidente da TVI abordou ainda as recentes eleições na Grécia e o modo como os partidos portugueses podem (ou não…) capitalizar o sucesso do Syriza.

“A Europa precisa de ter bom senso e a Grécia não pode deixar de ser realista”, até porque “também há um problema europeu”, que é o resultado das políticas impostas aos gregos: “A austeridade não é um fim, é um meio para se crescer, e a Europa não está a crescer”.

Como a campanha eleitoral em Portugal “já começou”, a Grécia será um dos temas dominantes, se bem que “arriscado”, pois “pode dar para vários lados”.

Marcelo aconselhou a esquerda a não alinhar na “euforia” do triunfo do Syriza e a direita a não ignorar a opinião popular demonstrada nas urnas gregas.

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