Impedido pelo tribunal de se aproximar de Bárbara Guimarães, Manuel Maria Carrilho desvalorizou a decisão do TIC de Lisboa, apelidando-a de “normal”, nestes casos. Carrilho não pode sequer aproximar-se da residência da apresentadora, exceto nos momentos em que for buscar e entregar os filhos.

Manuel Maria Carrilho foi impedido pelo Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa de contactar Bárbara Guimarães, ou de se aproximar da residência da apresentadora, exceto quando for recolher os filhos.

A decisão do tribunal assenta no facto de o juiz temer que o antigo ministro da Cultura e atual professor de Filosofia possa cometer violência doméstica.

O jornal Público divulgou o despacho do tribunal, no qual é justificada a medida de coação sobre Carrilho: “suspeita da prática” de “crime de violência doméstica”. Manuel Maria Carrilho também não pode aproximar-se da casa da ex-mulher, apresentadora da SIC.

De acordo com o juiz, “o perigo de continuação da atividade criminosa” é “inegável, sendo que pode traduzir-se “nas condutas reiteradas do arguido contra a ofendida”. Para o tribunal, “urge pôr termo a este perigo”, o que levou o juiz a decidir-se pela proteção legal de Bárbara Guimarães.

Confrontado com a decisão, e em declarações àquele jornal, Manuel Maria Carrilho desvaloriza a decisão judicial, considerando que é um procedimento “normal”, neste tipo de casos.

Manuel Maria Carrilho foi instado a pronunciar-se sobre esta decisão, em tribunal, mas não o fez, acatando a ordem. A decisão do TIC resultou de um pedido do Ministério Público e tem data de 28 de janeiro.

“O pedido de aplicação de medidas de coação formulado pelo Ministério Público assenta na suspeita da prática, por parte deste arguido, de crime de violência doméstica”, afirma o juiz do TIC, citado pelo Público.

Recorde-se que Manuel Maria Carrilho e Bárbara Guimarães chegaram a acordo para um divórcio que ameaçava ser litigioso, depois de o antigo ministro ter sido impedido de entrar em casa e de ser acusado de violência doméstica.