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Carlos Sousa com alguns percalços na segunda etapa do Dakar

Carlos Sousa conheceu alguns percalços na segunda etapa do Rali Dakar, perdendo quase uma hora a mudar a rótula de suspensão do seu Dacia Duster, para além de ter tido problemas de sobreaquecimento de combustível nos últimos 100 quilómetros da especial. Ainda assim a boa notícia para o piloto português e para o seu navegador, Pascal Maimon, foi que a penalização sofrida foi de ‘apenas’ 20 minutos.

A organização atribuiu inicialmente uma penalização de duas horas a Carlos Sousa, por ter falhado um ‘waypoint’ na etapa de abertura, pelo que depois emendou o erro, reduzindo o tempo atribuído para 20 minutos.

O piloto de Almada começou a tirada em bom andamento, mas nada contente com o tempo de penalização atribuído, mas mais tarde ficou mais calmo quando soube que o erro foi retificado pela organização: “Ontem à noite recebi a informação de que ia ser penalizado não em 20 minutos, mas sim em duas horas, por ter falhado um dos ‘waypoint’ da especial de abertura. Uma tremenda injustiça porque, na realidade, o ‘waypoint’ que falhei estava associado a uma penalização de 20 minutos e não de duas horas. Parece mentira, mas a verdade é que se trata de um erro da organização”.

Não obstante ter partido para a segunda tirada a pensar na enorme penalização, Carlos Sousa iniciou a etapa “determinado em impor um bom ritmo, evitando as muitas armadilhas do percurso – impressionante o número de carros acidentados que vimos ao longo da especial”. O piloto do Duster rodava perto do top-20 quando “uma rótula de direção cedeu e fomos obrigados a substituí-la em pleno deserto. O Pascal (Pascal Maimon, o navegador) fez um excelente trabalho, mas perdemos cerca de três quartos de hora com a reparação”.

Quando retomou a prova, a dupla do Duster procurou efetuar a recuperação possível: «Ultrapassámos vários pilotos e gostei do comportamento do Duster. Nas zonas mais rápidas fomos penalizados pela ‘curta’ velocidade de ponta e, nos 100 quilómetros finais, perdemos tempo com as falhas da bomba de combustível, talvez devido a uma menor qualidade da gasolina. Mas a equipa está a analisar o problema, para que a situação não se volte a repetir”.

Foi uma verdadeira etapa de Dakar. Extensa, com deserto cheio de armadilhas e com muita navegação. Está a ser um Dakar fértil em percalços para todas as equipas, mas também se confirma que o nível competitivo é muito forte, tanto em qualidade, como em quantidade”, referiu também o piloto português

Quanto ao Duster, com os quilómetros que está a acumular, Carlos Sousa admite que “começo a ficar com uma ideia dos pormenores em que é possível melhorar, até para o adaptar ao meu estilo de condução. Mas para além de pequenos detalhes, o mais importante é mesmo conseguir montar uma caixa de velocidades com relações mais ‘longas’, para podermos ter mais velocidade de ponta”.

No seio do Duster Dakar Team, para além do 25º tempo da dupla Carlos Sousa/Pascal Maimon na segunda etapa, destaque para o 18º tempo de Emiliano Spataro. O argentino ocupa posição idêntica em termos de classificação geral, enquanto o português é o 29º da geral, já com a penalização de 20 minutos da etapa inaugural.

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