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Cancro: Doentes mantêm isenção de taxas moderadoras no acompanhamento

paulo_macedo1Os pacientes que tenham superado um cancro mantêm a isenção do pagamento de taxas moderadoras, esclareceu hoje o ministro da Saúde, Paulo Macedo, que participava na ‘Conferência Sobre Sobreviventes de Cancro’, organizada pela Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), em Lisboa.

Paulo Macedo assegurou hoje que os doentes que tenham sobrevivido a um cancro não vão pagar taxas moderadoras nas consultas de acompanhamento. A perda desta isenção provocou um protesto de diversas pessoas que ultrapassaram a doença, mas que necessitam de acompanhamento médico.

Hoje, à margem da ‘Conferência Sobre Sobreviventes de Cancro’, organizada pela LPCC, em Lisboa, o ministro da Saúde colocou um ponto final nas incertezas, assegurando que estes sobreviventes do cancro – sem qualquer manifestação da doença durante cinco anos posteriores ao diagnóstico – não perdem a isenção.

“O Ministério da Saúde adotou um regime claro de taxas moderadoras que continua a isentar os doentes com cancro durante o tratamento e clarificando também agora a isenção no seu seguimento”, esclareceu à agência Lusa o titular da pasta da Saúde.

“As consultas realizadas no seguimento de doentes sujeitos a sessões de radioterapia ou de quimioterapia estarão também isentas”, acrescentou ainda Paulo Macedo, que explica que a isenção se aplica a todos os pacientes, independentemente da sua condição económica.

Não serão cobradas taxas moderadoras mesmo àqueles doentes que “não têm insuficiência económica e que não tenham incapacidade”, sustenta o ministro da Saúde, lembrando que nestes casos já estava “bastante claro que estariam isentos” do pagamento daquelas taxas.

Esta revelação do ministro da Saúde surge após diversas críticas de pessoas que sobreviveram a cancros e que contestaram o facto de estarem sujeitas ao pagamento de taxas moderadoras em todas as consultas após a alta hospitalar.

O presidente da secção norte da Liga Portuguesa contra o Cancro, Vítor Veloso, lamentou o cenário de pagamento de taxas por parte destes doentes, que apesar de não terem apresentado recidivas nos últimos cinco anos, não podem dizer que estão curados e não têm uma alta, porque o cancro poderá voltar a surgir.

Em declarações prestadas à TSF, Vítor Veloso acusara o Ministério da Saúde de dizer “meias-verdades”. Paulo Macedo encerra a polémica.

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