Técnico Manuel Cajuda revela que foi sondado para ser selecionador nacional, aquando da contratação de Paulo Bento, mas que lhe foram feitas exigências extrafutebol, relacionadas com patrocinadores e empresários.
Segundo conta o técnico do chineses do Tianjin Songjiang, o seu nome foi tido em consideração para assumir o comando da Seleção Nacional, antes de Paulo Bento ser contratado, em 2010.
Manuel Cajuda revela à Rádio Renascença que um episódio que envolve um vice-presidente da Federação.
“Perguntou-me se eu conhecia alguém importante no Espírito Santo. Depois perguntou-me se eu era amigo de um determinado empresário e se tinha alguma coisa com uma marca de equipamentos. Disseram-me que em princípio não seria o selecionador nacional”, revelou Cajuda, em declarações àquela rádio.
“Nessa altura percebi a realidade”, diz ainda o técnico, que garante que foi “hipótese” na altura em que Paulo Bento foi contratado, já depois de o órgão federativo ter tentado assegurar José Mourinho, por um período de dois jogos, já que Mourinho tinha contrato com o Real Madrid.
Manuel Cajuda critica a Federação, por despedir Bento depois de lhe renovar contrato. “Quando se renova um contrato com um treinador para o despedir dois meses depois, é sinal de que alguém não sabe o que está a fazer”, acusa.
Também o balanço da FPF ao Mundial do Brasil merece reparos.
“A conclusão a que se chegou é patética, no mínimo”, diz Cajuda, que lembra que “até o Paulo Bento estranhou a conclusão de que só o médico era responsável”.
Cajuda vê Paulo Bento como “vítima” e não como culpado do atual estado da Seleção Nacional.