De acordo com o despacho de acusação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), revelado pelo I, Arlindo de Carvalho e José Neto contribuíram como ‘testas-de-ferro’, à semelhança de outros acusados, para esconder os investimentos e a aquisição de património por parte do grupo, liderado por José Oliveira Costa.
Para o Ministério Público, o grupo BPN/SLN terá pago aos dois ex-governantes cerca de 46 milhões de euros em financiamento do BPN e mais de 32,4 milhões por parte do Banco Insular (que nunca foram pagos). Receberam ainda, apurou o DCIAP, cerca de dois milhões de euros para comprarem imóveis a Ricardo Oliveira, considerado outro dos alegados ‘testa-de-ferro’ e também arguido no processo.
Através de um crédito “indevido” de juros, Arlindo de Carvalho e José Neto ainda receberam mais 889 mil euros, através de uma conta pessoal no BPN.