Cultura

Bonecos de Estremoz são Património Cultural Imaterial da Humanidade

A UNESCO classificou os Bonecos de Estremoz, uma arte em barro com mais de três séculos, como Património Cultural Imaterial da Humanidade.

É a primeira vez que o organismo classificada um figurado como património imaterial.

O anúncio foi feito durante a 12.ª Reunião do Comité Intergovernamental da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) para Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, que continua a decorrer até sábado na ilha Jeju, na Coreia do Sul.

Manuel Gonçalves de Jesus, embaixador de Portugal na Coreia do Sul, estava presente na sessão e foi dos primeiros a reagir, declarando-se “bastante satisfeito” com o reconhecimento da UNESCO.

“Foi uma vitória e desta vez nem foi no futebol, foi numa área muito importante que é preservar aquilo que é muito nosso”, frisou o diplomata.

“É um momento grande da história de Estremoz, das suas gentes, porque o figurado de barro representa tudo o que é o trabalho, tudo o que é a dificuldade dos alentejanos e dos estremocenses em particular”, afirmou Luís Mourinha, o presidente da Câmara de Estremoz, a autora da candidatura.

Com mais de uma centena de figuras diferentes inventariadas, os Bonecos de Estremoz, a que se dedicam vários artesãos do concelho, consistem na modelação de uma figura em barro cozido, policromado e efetuada manualmente, segundo uma técnica com origem pelo menos no século XVII.

Em Estremoz, trabalham atualmente nesta arte emblemática Afonso e Matilde Ginja, Célia Freitas, Duarte Catela, Fátima Estróia, Irmãs Flores, Isabel Pires, Jorge da Conceição, Miguel Gomes e Ricardo Fonseca.

Nesta sessão da UNESCO foram aprovadas 35 das 49 candidaturas a Património Cultural e Imaterial da Humanidade.

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