O investimento das famílias no Ensino Superior Público, no ano letivo de 2010/2011, atingiu, em média, 5841 euros, de acordo com um estudo que aponta um aumento do esforço das famílias, em comparação com o investimento público. As bolsas a estudantes só suportam um quarto das despesas totais.
Uma análise ao esforço de cada família a suportar os custos dos alunos no Ensino Superior Público aponta um aumento do valor, que está perto dos 6000 euros por ano. O estudo ‘Quanto Custa Estudar no Ensino Superior Português’, que será apresentado hoje num seminário no Instituto de Educação.
O trabalho revela ainda que o investimento do Estado representa 60 por cento do investimento feito pelas famílias nos alunos. “O contributo privado foi significativamente mais elevado do que o esforço público”, indica este estudo, que foi coordenado por Luísa Cerdeira, investigadora da Universidade de Lisboa.
Outro indicador que resultou deste trabalho de pesquisa, e que compara dados de 2010/2011 com o ano letivo de 2004/2005, dá nota e um aumento do custo total por aluno, na ordem dos 10 pontos percentuais.
O Orçamento do Estado dedicou 3601 euros por cada aluno do ensino superior, para um universo total de 314 032 alunos. “Este valor é menos 13 por cento da despesa por aluno de 2005, no valor de 4151 euros”, adianta o estudo.
Em média, cada bolsa de estudo atribuída chega apenas para cobrir um quarto da despesa total do aluno do ensino superior, o que deixa perceber que o esforço das famílias é muito superior ao investimento público com a educação universitária.
Numa comparação que envolveu 16 países, verifica-se que Portugal é um dos países onde um curso superior mais pesa no orçamento das famílias.
