A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, defende que as remodelações no Governo não “remendos de um edifício que já não se aguenta”. Aquela dirigente bloquista defende que o Governo “não tem soluções”. Catarina Martins recorda a frase de Miguel Relvas, no dia da demissão, e atribui ao executivo a falta de “força anímica”.
Em declarações à Lusa, Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda, teceu críticas à remodelação do Governo, apelidando-a de “remendos” de um executivo que está fragilizado.
“Este Governo sem soluções, que todas as semanas apresenta novos secretários de Estado, mas que na verdade são remendos num edifício que já não se aguenta”, disse Catarina Martins àquela agência noticiosa.
A coordenadora do Bloco ironizou, aludindo às palavras de Miguel Relvas. Recorde-se que o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares justificou a sua demissão com a falta de força anímica.
Para Catarina Martins, que partilha a liderança do Bloco de Esquerda com João Semedo, o Governo “não tem força anímica” para tomar as medidas de que Portugal necessita. “Não se vê neste Governo a força anímica suficiente para mudar seja o que for em Portugal”, sustenta.
A bloquista comentava as entradas no Governo de Berta Cabral, ex-líder do PSD/Açores derrotada nas eleições regionais, que será a nova secretária de Estado da Defesa, e de Manuel Castro Almeida, presidente da Câmara Municipal da São João da Madeira que assumirá a secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional.
O Bloco de Esquerda acusa ainda o Governo de negociar “às escondidas” um segundo resgate a Portugal”.