Terminado o ano “em que a voz cidadã se fez ouvir com uma intensidade que não conhecíamos desde o 25 de Abril”, 2013 será essencial para a esquerda “correr com a troika e com o Governo”, afirmam os coordenadores do Bloco de Esquerda, Catarina Martins e João Semedo.
Se 2012 foi o ano da afirmação da “voz cidadã”, 2013 terá de ser o ano da esquerda no campo político. A premissa é dos dois coordenadores do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins e João Semedo, que numa mensagem de ano novo, ontem publicada no Facebook, insistem numa “ação comum e convergência” à esquerda que permita “correr com a troika e com o Governo de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas”.
“Dar a volta à troika e ao Governo é o grande desafio para 2013”, escrevem os líderes bloquistas, argumentando: “em 2013, por vontade de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, sobem os impostos mas descem os salários e as pensões, pagaremos mais por piores serviços públicos. Com a economia em colapso, mais empresas vão fechar e o pesadelo do desemprego vai piorar. Os cortes anunciados no SNS, no ensino público e na proteção social vão limitar a resposta às necessidades básicas das pessoas, sobretudo das que vivem com mais dificuldades”.
“Necessidades básicas” e “dificuldades” que proporcionaram a enorme manifestação de 15 de setembro, como sustentaram: “foi o ano em que a voz cidadã se fez ouvir com uma intensidade que não conhecíamos desde o 25 de Abril. 2012 deu nova vida à luta contra o Governo e a troika. No 15 de Setembro, um milhão nas ruas derrotou a TSU. Como na privatização da TAP ou da RTP, venceu a força de todos e todas que recusam resignar-se”.
Só que essa força, agora, “interpela a esquerda” e “reclama ação comum e convergência”, insistem Catarina Martins e João Semedo, para “mudar as nossas vidas: correr com a troika e com o Governo de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, para resgatarmos o presente e o futuro”.
