Benfica perde na Rússia, na primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, nesta quarta-feira, frente ao Zenit de S. Petersburgo. Num relvado miserável, a diferença entre um excelente resultado e uma derrota que compromete esteve num lance infeliz, que custou aos encarnados o terceiro golo, perto do fim. Os russos quebraram o gelo num corte infeliz de Maxi e… gelaram a equipa portuguesa.
O Benfica perdeu com o Zenit, por 3-2, na primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões. A equipa de Jorge Jesus deixou escapar um empate a dois golos, nos derradeiros minutos, o que seria um excelente resultado. Com a derrota, que não deixa de ser comprometedora, os encarnados recebem os russos em desvantagem.
A análise ao jogo fica marcada pelas péssimas condições do terreno. Seria impossível assistir a um bom jogo de futebol e surpreende que a UEFA tenha aprovado uma partida da Liga dos Campeões numa espécie de relvado.
Mesmo assim, houve espaço para lances de génio e jogadas com fino recorte técnico. O Benfica abriu o marcador por Maxi Pereira, numa recarga a um livre de Cardozo, mas o empate não tardou, numa bela triangulação do ataque do Zenit, que termina com um remate certeiro de Shirokov.
O Benfica jogava já com Aimar, que entrou em campo para substituir o lesionado Rodrigo. Uma péssima notícia para Jesus, que queria poupar o argentino para terrenos de jogo aceitáveis e perdeu o seu elemento mais rápido do ataque. Com o 1-1, chegou o intervalo, depois de uma primeira parte marcada por laivos de bom futebol e muitos passes perdidos…
O segundo tempo trouxe mais do mesmo. A regra foi passes falhados e ataques que morriam à nascença, a exceção foi o 2-1 do Zenit. Do lado esquerdo do ataque, nasce um novo lance coletivo, finalizado com o calcanhar de Sernak. O golo da vantagem dos anfitriões surgiu num momento em que a equipa de Jesus parecia controlar o jogo, depois de uma primeira parte mais insegura.
E em desvantagem Jorge Jesus sabia que não poderia correr riscos, sob pena de sofrer um 3-1 quase fatal. O Benfica não estava insatisfeito com a desvantagem mínima e manteve a estratégia. Sem grandes riscos, conseguiu chegar ao 2-2, numa recarga de Cardozo. Nolito interceta uma bola na área do Zenit, serve Gaitán, que remata de primeira, mas fraco. O paraguaio aproveita a má intervenção do inseguro guardião russo e repõe a igualdade.
Seria um excelente resultado, não fora o Zenit retirar partido de um erro fatal de Maxi Pereira. O uruguaio até foi uma das melhores pedras do Benfica, mas esteve infeliz ao transformar um corte numa assistência para Shirokov.
O Benfica perdeu, mas mantém vivas as esperanças de continuar na Liga dos Campeões. A 6 de março, recebe o Zenit. A equipa de Jorge Jesus está obrigada a vencer, sendo certo que não poderá contar com Aimar (um cartão amarelo afasta-o do encontro) e não é conhecido o tempo de paragem de Rodrigo.
