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Vantagens do vinho tinto na proteção da saúde comprovadas em pesquisa publicada na Science

vinhoEstudo realizado na Universidade de Harvard comprovou benefícios do vinho tinho na defesa da saúde humana. Este trabalho, publicado na Science, provou que o resveratrol (composto presente nas cascas de uva, amendoim e em frutos vermelhos) tinha efeitos positivos na saúde.

Investigadores norte-americanos provaram que o vinho tinto ajuda a preservar a saúde, num estudo realizado na Universidade Harvard (EUA). O trabalho, publicado hoje na revista Science, é parte de uma ampla pesquisa, que apontavam uma substância presente no vinho tinto, o resveratrol, como benéfica para a saúde.

David Sinclair demonstrou-o, em 2006, recorrendo a testes com recurso a ratos de laboratório, que viram a sua vida prolongada. Mas a comunidade científica duvidou, receando que o resveratrol só tivesse esse efeito positivo em condições artificiais.

As certezas, de um lado, e as dúvidas, do outro, levaram à criação de uma empresa para criar compostos parecidos com o resveratrol. Nos últimos anos, diversas pesquisas concluíram que aquele composto presente no vinho tinto protegia o organismo humano, evitando doenças como diabetes, Alzheimer, obesidade, entre outras.

Faltava o capítulo final: esclarecer se, de facto, o resveratrol apresentava potencial terapêutico, ou se esse efeito benéfico para a saúde era apenas um cenário de laboratório, em condições artificiais. Ora, esse passo acaba de ser dado, com David Sinclair e a sua equipa a provarem que o vinho tinto o resveratrol “está, realmente, nas células e não exige qualquer composto sintético”.

Outros trabalhos de pesquisa já tinham provado que o resveratrol, que pode ser encontrado nas cascas da uva e também no vinho tinto, aumenta a sensibilidade das células humanas perante o tratamento do cancro da próstata e da mama, por exemplo.

Já se tinha verificado ainda a eficácia desta componente do vinho em casos como a prevenção de enfartes ou doenças cardiovasculares.

De acordo com o Daily Mail, que divulga outro estudo de investigadores da Universidade de Missouri (EUA), o resveratrol torna as células do cancro da próstata e da mama mais vulneráveis à radiação da radioterapia. Assim, o tratamento deste tipo de cancro é muito mais eficaz.

Também nos tratamentos por quimioterapia o resveratrol se mostrara eficaz. E os benefícios do vinho tinto no combate ao cancro também já haviam sido provados noutros tipos de cancros, como o da mama.

Recentemente, investigadores conseguiram calcular que um copo de vinho por dia poderia aumentar as probabilidades da sobrevivência de mulheres com cancro da mama.

Este dado acabou por surpreender os estudiosos, uma vez que o consumo de álcool era visto como potenciador de cancros. Concluiu-se entretanto que as células são destruídas pelo álcool: as saudáveis, é certo, mas também as cancerígenas.

Há alguns anos que vários cientistas procuram demonstrar a eficácia desta substância na prevenção, mas até agora ainda não havia um protocolo quanto à quantidade a dosear. Karen Brown, investigadora da Universidade de Leicester (Inglaterra), conduziu um estudo com ratos que comprovou que uma dose de cinco miligramas é mais eficaz do que a dose de um grama.

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