Mundo

Bebé que nasceu com 400 gramas sobrevive e contraria ‘sentença’ médica

Os pais de uma bebé que nasceu com 400 gramas, às 23 semanas de gestação, receberam um prognóstico médico devastador. As probabilidades de morte atingiam 99 por cento. Marc e Sadie Cratchley agarraram-se ao restante um por cento. E Kaci-Rose sobreviveu.

“Os médicos disseram-me que tudo fariam para que a Kaci-Rose sobrevivesse, mas que as hipóteses eram ínfimas”, realça.

Restavam cerca de quatro meses para terminar o período de gestação, mas Sadie Cratchley entrou em trabalho de parto. A pequena Kaci-Rose Cratchley nasceu muito antes do previsto e os médicos reduziram a esperança de vida a uma percentagem extremamente reduzida.

Não suficientemente reduzida para que os seus pais desistissem de sonhar com a sobrevivência, apesar de serem preparados para perderem a menina.

Sadie Cratchley, de 20 anos, deu à luz no Southmead Hospital, em Inglaterra, 23 semanas depois do início da gestação.

Contrariando todo o pessimismo medido na matemática da ciência, a bebé sobreviveu e acaba de completar oito meses de vida – pesa, atualmente, 3,5 quilogramas e está longe de correr perigo de vida.

“Ela cabia dentro da minha mão. Tinha a pele vermelha, todas as veias eram visíveis. Não sei por que entrei em trabalho de parto tão cedo, mas fiquei a saber que, se tivesse sido um dia antes, ter-me-iam mandado para casa sem ela…”, recorda Sadie Cratchley.

A jovem mãe lembra ainda que chegou ao hospital em pânico e que depois de conversar com os médicos ficou em desespero.

“Os médicos disseram-me que tudo fariam para que a Kaci-Rose sobrevivesse, mas que as hipóteses eram ínfimas”, realça.

Depois do parto, a menina foi transferida para uma unidade neonatal daquela unidade de saúde. Os pulmões não estavam desenvolvidos o suficiente para que pudesse respirar de forma autónoma. Aliás, diversos órgãos apresentavam falhas, desde o coração aos rins.

“Fiquei aterrorizada ao ver a minha filha ligada a tantos tubos e máquinas”, confessa Sadie.

O tempo foi passando e as probabilidades de sobrevivência foram aumentando, semana após semana. Kaci-Rose tem hoje oito meses e ainda precisa de cuidados médicos constantes. Afinal, tem o tamanho de um recém-nascido.

Alguns receios de problemas de saúde graves, como paralisia cerebral, cegueira ou surdez, também foram desmentidos pela realidade.

Dia após dia, vai superando esta batalha da sobrevivência, sem perigos de vida, mas com acompanhamento médico. E com a crença dos seus pais, que nunca desistiram da filha.

Em destaque

Subir