Bloco de Esquerda (BE) recusa novas medidas sobre os descontos dos pensionistas, que impliquem perda de rendimentos. Em causa estão as subidas nas contribuições para a ADSE, que devem fazer parte do Orçamento Retificativo que o Governo vai apresentar no verão.
“O Bloco não aceitará mais um aumento”, salientou Mariana Aiveca, referindo-se aos descontos dos pensionistas, cujas contribuições para a ADSE devem passar de 1,5 por cento para 2,25 pontos percentuais, já a partir da entrada em vigor do Orçamento Retificativo, dentro de poucas semanas.
O BE salienta que esta subida da taxa da ADSE, que incide sobre pensões da Função Pública acima de 485 euros, é um sinal de que “o Governo continua a achar que os reformados são sempre a solução para as suas medidas incompetentes”, taxando “sempre os do costume”.
A deputada Mariana Aiveca, que falava aos jornalistas na Assembleia da República, salientou que os pensionistas já perderam quase um quinto do seu rendimento, com “cortes nas pensões e aumento de impostos”, ao que se juntará “uma nova taxa sobre as pensões” e o aumento dos descontos para a ADSE”.
Segundo o Jornal de Negócios, os reformados da Função Pública com rendimentos a partir de 485 euros por mês passam a descontar mais para a ADSE, o que representa uma perda do rendimento mensal líquido. “Não podemos aceitar mais esta medida”, referiu a deputada do Bloco.
A medida avança a partir do verão e afeta os pensionistas que tenham reformas que correspondem ao salário mínimo. De acordo com aquele jornal, a proposta do Governo já foi entregue aos parceiros sociais. Implica um aumento das taxas de desconto para a ADSE, o que significa que os maiores rendimentos terão maiores perdas.