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Avião intercetado pela Turquia transportava material militar para a Síria, acusa Erdogan

erdoganO avião sírio que a Defesa turca intercetou e obrigou a aterrar em Ancara transportava material militar proveniente a Rússia. Em resposta a esta acusação do primeiro-ministro turco, o ministro dos Negócio Estrangeiros acusou Erdogan de mentir para “justificar a atitude hostil”.

A tensão entre a Turquia e a Síria continua, depois da força aérea do primeiro país ter intercetado, anteontem, um avião do segundo. A bordo desse Airbus A320, forçado a aterrar em Ancara, seguiam 30 passageiros (dos quais 17 russos) e, segundo o primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, material militar que seria usado pelo regime sírio na guerra civil em curso.

“O equipamento e as munições estavam a ser enviados por uma agência russa para o ministro da Defesa sírio”, acusou Erdogan, que na resposta foi apelidado de mentiroso pelo ministro dos Negócios Estrangeiros sírio. “A carga do avião foi detalhadamente documentada e o avião não continha qualquer material ilegal ou armas”, garantiu o ministro sírio, exigindo à Turquia que mostre o alegado equipamento militar apreendido.

Também a Rússia negou o envio de material militar para a Síria, com a agência de exportações de armas oficial, a Rosoboronexport, a rejeitar qualquer envolvimento com a mercadoria a bordo do avião intercetado. O Airbus A320 tinha partido de Moscovo rumo a Damasco com 30 passageiros a bordo, incluindo 17 russos, até que foi forçado a aterrar por dois F4 da força aérea turca. Após as buscas, o avião foi autorizado a retomar a viagem, na madrugada de ontem.

O incidente é visto pelos analistas como uma forma da pressão da Turquia para um maior envolvimento da comunidade internacional na resolução da guerra civil na Síria, país com o qual faz fronteira. Embora nenhum dos países tenha um verdadeiro interesse num confronto militar, o crescente clima de tensão pode derivar em mais uma guerra no Médio Oriente.

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