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Dia Nacional do Doente com AVC assinala-se a 31 de março

Em vésperas do Dia Nacional do Doente com AVC, que se assinala a 31 de março, eis algumas informações úteis que podem prevenir este problema, que exige um intervenção rápida.

O acidente vascular cerebral (AVC) é uma emergência médica para a qual a rapidez de ação assume uma responsabilidade acrescida. Espiga Macedo, cardiologista do Hospital Lusíadas Porto, explica como reconhecer os sintomas e de que forma o socorro precoce determina a extensão dos danos e a taxa de sucesso do tratamento.

“O AVC é sempre uma emergência médica e é urgente atuar o mais rapidamente possível, já que pode ter efeitos nefastos imediatos. Nas situações isquémicas é, muitas vezes, possível minimizar os danos com um tratamento que apenas é eficaz até quatro horas e meia após o surgimento dos primeiros sintomas. Já nas situações hemorrágicas pode ser necessária intervenção cirúrgica urgente”, revela Espiga Macedo.

O médico deixa alguns exemplos de manifestação de um AVC: “O primeiro passo para minimizar os danos é reconhecer que a pessoa está a ter um AVC e existem alguns sinais para os quais devemos estar alerta, como por exemplo um desvio da face, falta de força num dos lados do corpo (braço, perna) e dificuldade de expressão e compreensão”.

O acidente vascular cerebral carateriza-se pela morte de tecido cerebral por interrupção súbita na circulação sanguínea para o cérebro, que assim fica impedido de receber oxigénio e nutrientes, indispensáveis à sua normal atividade.

Outros sintomas menos comuns do AVC podem incluir alteração de visão, dificuldade em andar, tonturas ou falta de equilíbrio, dor de cabeça intensa sem motivo aparente, sensação súbita de náuseas e vómitos e breve período de ausência ou diminuição de consciência como desmaios, confusão, convulsão ou coma.

Perante queixas de um familiar ou amigo, o cardiologista explica alguns procedimentos que podem facilitar o reconhecimento dos sinais indicados:

“As pessoas devem pedir ao doente que se ria para verificar se algum lado da face descaiu, verificar se o doente consegue manter os dois braços levantados e fazer-lhe algumas questões para verificar se o discurso é coerente. Em caso de suspeita de AVC, deve manter a calma, registar a hora de início e chamar o 112 o mais rapidamente possível”.

“Cerca de 85 por cento dos casos ocorrem na sequência de um bloqueio da irrigação sanguínea devido à obstrução de uma artéria cerebral, ao qual damos o nome de AVC isquémico. Este bloqueio pode dever-se a uma trombose, se um coágulo se formar no interior de uma artéria cerebral, ou a uma embolia, se o coágulo pré-existente for transportado pela circulação sanguínea. Por outro lado, o AVC hemorrágico, provocado pelo rompimento de uma artéria que origina uma hemorragia, é responsável por cerca de 15 por cento os casos”, conclui.

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