Um menino australiano, de três anos de idade, resolveu guardar no armário sete ovos que descobriu no quintal. Já depois de eclodirem, a mãe chamou as autoridades sanitárias e estas explicaram tratar-se de bebés da cobra “Pseudonaja textilis”, a segunda espécie mais venenosa.
Um menino de três anos de idade, na Austrália, resolveu arranjar um animal de estimação e, ao encontrar uns ovos no quintal da casa, em Townsville (no estado de Queensland), guardou-nos no armário. Bem cuidados, os bichos nasceram e a mãe de Kyle Cumming – que alguns jornais australianos dizem ter ajudado o filho na ‘tarefa’ – chamou as autoridades sanitárias.
A descoberta espantou os biólogos: no recipiente encontravam-se recém-nascidos da cobra “Pseudonaja textilis”, considerada a segunda espécie mais venenosa. “O menino teve uma enorme sorte em não ser mordido! Se tivesse aberto o recipiente, poderia nem sequer estar aqui hoje”, salientou Trish Prendergast, a coordenadora do setor de répteis do North Queensland Wildlife Care.
Apesar de serem recém-nascidas, as cobras no armário de Kyle Cumming tinham já veneno suficiente para matar uma pessoa, acrescentou a bióloga.
Ninho na parede
Ao mesmo tempo que era conhecida a história do armário de Kyle Cumming, uma creche na cidade de Darwin, no norte da Austrália, teve de encerrar quando uma “cobra-tapete”, que tinha feito um ninho na parede, deu à luz 23 cobrinhas.
Uma equipa liderada pelo biólogo Steve Coulson conseguiu capturar a mãe, num saco, e os filhotes, noutro, libertando os 24 animais num território selvagem.
As estatísticas revelam que na Austrália morrem anualmente duas pessoas por mordeduras de cobra, mas o número de ataques supera os 3000, com cerca de 500 a necessitarem de tratamento médico. Das 25 espécies de cobras mais venenosas, 20 delas existem na Austrália.
