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Auschwitz ainda ‘existe’: Alemanha julga detido de 93 anos por “supervisão” das ações dos guardas

auschwitzO terror de Auschwitz ainda está presente na Alemanha. Um homem de 93 anos foi detido e vai a julgamento porque, alegadamente, é um dos 50 antigos guardas do campo de extermínio ainda vivos. Embora não tenha participado nos assassínios, terá tido funções de “supervisão”.

Auschwitz. Décadas depois, só o nome basta para despertar um terror latente desde que 1,1 milhões de pessoas terão sido assassinadas pelo regime nazi. Em pleno século XXI, haverá ainda 50 pessoas que terão sido guardas no campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, na Polónia então ocupada pelos alemães.

Dessa lista de 50 nomes, recolhida pelo Centro Simon Wiesenthal (um organismo que documenta os crimes nazis e aponta os responsáveis), o quarto é o de Hans Lipschis. Este alemão de 93 anos, nascido na Lituânia mas que recebeu a cidadadia “étnica” alemã do regime nazi, foi detido e vai ser presente à Justiça por alegada cumplicidade no assassinato de civis, na maioria judeus, em Auschwitz.

O idoso alega que era apenas o cozinheiro do campo de concentração, mas as autoridades alemãs garantem ter “provas convincentes” de Lipschis terá tido uma influência indireta nos crimes cometidos em Auschwitz. Sem adiantar o nome do suspeito, um porta-voz do Ministério Público salienta que “ele tinha funções de supervisão, embora não trabalhasse apenas como guarda”.

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