Economia

Aumento de exportações e retração das importações diminui o défice comercial na UE

eurosO gabinete de estatística Eurostat apresentou a primeira estimativa para a balança comercial, relativamente ao primeiro semestre de 2012. Entre janeiro e julho deste ano, na União Europeia (UE), as exportações aumentaram enquanto as importações sofreram um decréscimo, comparativamente ao mesmo período do ano passado.

A Grécia, a Letónia, e a Eslováquia foram os países que obtiveram maior crescimento ao nível das exportações, no entanto, na Grécia, também acompanhada pelo Chipre, foi o local onde se verificou maior abrandamento nas importações.

Apesar do aumento em cerca de nove por cento das exportações na UE, face aos resultados do ano anterior, o défice comercial ronda os 5,1 mil milhões, mesmo assim é menor do que o défice de 8,7 mil milhões obtido no mesmo período de 2011.

O país que apresenta maior excedente comercial, entre os 27 da UE, é a Alemanha com 92,4 mil milhões, ou seja, com mais 14, 2 mil milhões que em 2011 (78,2 mil milhões). Por sua vez, o Reino Unido obteve o maior défice, rondando os 73,8 mil milhões, um valor superior ao obtido em 2011 (55,8 mil milhões). Quanto às exportações e importações da UE, a região exportou cerca de 18 por cento do total das suas exportações para a Rússia e Coreia do Sul, e cerca de 16 por cento para o Japão. Pelo contrário, na Índia as exportações caíram cerca de seis por cento e na Turquia dois por cento. Quanto as importações, a UE importou mais 11 por cento da Noruega e menos 11 por cento da Índia.

No que se refere unicamente à zona euro o comércio é à 11 meses consecutivos excedentário. Os 17 países do euro apresentam um excedente de 15,6 mil milhões, um valor bastante superior ao do mesmo período do ano passado (2,1 mil milhões).

Numa base mensal, o comércio dos países da UE tem sempre registado um défice, no entanto, os últimos meses apresentam os valores mais baixos desde 2006. O relatório apresentado hoje, pela Eurostat, demonstra uma estimativa para a balança comercial da região, em julho. Assim, o comércio de bens registou, nesse mês, um excedente de 3,1 mil milhões, comparado com o défice de 10,9 mil milhões no período homólogo de 2011.

Portugal ocupa o quarto lugar na lista dos países que viram as suas exportações aumentar, e o lugar de bronze, o terceiro lugar, entre os países que diminuíram as suas importações. Face ao primeiro semestre de 2011, Portugal vê as suas importações de produtos, dentro e fora da UE, retraírem cerca de 6 por cento (quebra que se verifica à já seis meses consecutivos), devido essencialmente à quebra registada no comércio intracomunitário (em especial devido à evolução dos veículos e outro material de transporte).

Se nos referirmos às exportações, em julho, aumentaram 6,8 por cento face a 2011, mas houve um decréscimo em relação ao mês de junho de 2012 (9,8 por cento). O Instituto Nacional de Estatística (INE) anunciou, no passado dia 10, que foi alcançado o segundo melhor valor do ano (4,034 milhões de euros) depois dos 4,095 milhões de euros, no mês de março. Este crescimento é justificado pela evolução positiva registada no comércio extracomunitário. O INE destaca ainda o aumento de exportações de bens para o Brasil, que se tornou num dos melhores clientes de Portugal.

Assim, o aumento das exportações, tal como a quebra nas importações, equilibra a balança comercial da União Europeia.

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