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Ativista pró-democracia Joshua Wong detido pela polícia de Hong Kong

O ativista político Joshua Wong foi hoje detido em Hong Kong, na véspera de uma manifestação que foi proibida pela polícia, informou o partido pró-democrata Demosisto, do qual foi co-fundador.

“O nosso secretário-geral foi detido esta manhã por volta das 07:30 (00:30 em Lisboa)”, escreveu o partido que defende a autodeterminação do território, na rede social Twitter.

“Ele foi empurrado à força para uma carrinha, em plena luz do dia. Os nossos advogados estão a seguir o caso”, lê-se na mesma publicação.

Na quinta-feira, a polícia de Hong Kong proibiu a manifestação e a marcha pró-democracia agendadas para sábado pelo movimento que tem liderado os protestos na ex-colónia britânica, sublinhando que quem desobedecer pode enfrentar até cinco anos de prisão.

A decisão das autoridades foi justificada à Frente Cívica de Direitos Humanos (FCDH) por razões de segurança, dada a natureza violenta que tem caracterizado desde o início de junho muitas das manifestações em Hong Kong, segundo um documento à qual a agência Lusa teve acesso.

Wong, que chegou a ser indicado para o prémio Nobel da Paz em 2018 e que lidera o Demosisto, tinha sido libertado em junho da prisão, na sequência das manifestações de 2014 em Hong Kong, conhecidas como a “Revolução dos guarda-chuvas”, uma campanha de desobediência civil que durou mais de dois meses e na qual se exigia o sufrágio universal na ex-colónia britânica administrada pela China.

Desde então, voltou a envolver-se num movimento pró-democracia “para fazer pressão sobre o Governo”, apostado “em mostrar ao mundo a determinação do povo de Hong Kong para lutar pela liberdade”, explicou, em entrevista à Lusa no dia 20 deste mês.

No início de 2020, o ativista político de 22 anos, que é a estrela de um documentário da norte-americana Netflix, datado de 2017, vai publicar o seu primeiro livro em inglês através da editora britânica WH Allen.

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