Julian Assange, cercado na embaixada do Equador em Londres, recebeu a garantia do Governo sueco de que não será extraditado para os EUA. “Nunca entregaremos uma pessoa que esteja ameaçada com a pena de morte”, justificou uma responsável do Ministério da Justiça.

A Suécia deu ontem um passo que pode tornar-se importante para desbloquear o impasse diplomático à volta de Julian Assange. O fundador da WikiLeaks está cercado na embaixada do Equador em Londres (Inglaterra), aguardando por uma hipótese de fugir para o país sul-americano que lhe concedeu o estatuto de refugiado político, uma vez que as autoridades britânicas sublinharam que vão fazer tudo para impedir qualquer fuga.

A intransigência das autoridades britânicas é motivada por mandado que obriga à extradição de Julian Assange para a Suécia, no âmbito de um processo judicial por alegados violação e abusos sexuais de duas mulheres. Só que o australiano, de 41 anos, suspeita que tal é apenas uma manobra de diversão para, posteriormente, ser extraditado para os EUA, onde poderá julgado pela revelação de segredos de Estado, no site Wikileaks, e condenado à morte.

Daí que o Governo sueco, por intermédio da vicediretora dos assuntos penais e cooperação internacional do Ministério da Justiça, Cecilia Riddselius, tenha vindo a público garantir que Assange não será ‘reencaminhado’ para os EUA, pelo menos enquanto vigorar a pena capital: “nunca entregaremos uma pessoa que esteja ameaçada com a pena de morte”.