É possível através de uma aplicação para smartphone (‘Melanoma Detection’) realizar um autodiagnóstico instantâneo para avaliar os riscos de cancro de pele. A aplicação é desenvolvida por Luís Rosado, investigador português do AICOS Centro Fraunhofer Portugal, em parceria com o IPO-Porto. Uma fotografia a um sinal cutâneo suspeito pode fazer soar o alerta.
O procedimento é simples: através desta aplicação, que funciona em qualquer smartphone, tira-se uma fotografia da zona do corpo que pretendemos avaliar, para perceber o grau de risco de se tratar de um cancro cutâneo.
Obviamente, a aplicação ‘Melanoma Detection’ não substitui o médico, mas permite dar um passo importante no sentido de alertar o utilizador. É que a imagem que é colhida fornece informações rápidas, sobre assimetrias, cor, estruturas e bordos de um sinal de pele que possa gerar preocupação sobre um eventual melanoma maligno.
Este trabalho, anunciado pelo investigador Luís Rosado, do AICOS Centro Fraunhofer Portugal, permite que façamos um diagnóstico, “rápido e eficaz”, com uma simples foto, que além de nos fornecer informação sobre os riscos, acaba por ser importante, em futuras avaliações médicas.
É que essa fotografia fica armazenada e poderá ser avaliada por um médico, sendo que posteriormente poderá servir de base para reavaliações da lesão, em caso de cancro de pele. A aplicação informa o utilizador e serve de ferramenta para o médico, que posteriormente vai fazer novas análises à zona.
“A aplicação fornece, em tempo real, um ‘feedback’ visual do risco que tem de contrair uma lesão de pele. Desta forma, o utilizador pode perceber se um determinado sinal na pele constitui ou não uma situação que deve ser verificada por um médico especialista”, explica Luís Rosado, num comunicado.
Associado a esta imagem, está um algoritmo, parte da aplicação, que se baseia em imagens de lesões, que foram recolhidas por médicos do IPO do Porto. O utilizador da aplicação ‘Melanoma Detection’ tem, assim, ao dispor um comparativo com outras imagens. Deste modo, facilmente perceberá se deve decorrer a uma consulta e quais os riscos de padecer de um melanoma.
Este trabalho que resultou na aplicação ‘Melanoma Detection’ resultou de uma parceria com o Instituto Português de Oncologia do Porto. O AICOS nasceu em 2008, em resultado de outra parceria, com a Universidade do Porto, que visava, precisamente, desenvolver tecnologias de apoio às pessoas, com a defesa da saúde como fim supremo.
