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António José Seguro quer criar um novo sistema fiscal para financiar o SNS

antonio_jose_seguroAntónio José Seguro quer que o PS descubra uma forma do sistema fiscal financiar o Serviço Nacional de Saúde. Reconhecendo a dificuldade de ter um SNS sustentável, o secretário-geral dos socialistas pretende um reforço da prevenção e também do combate ao desperdício.

“É preciso encontrar novas formas de financiamento público do Serviço Nacional de [SNS] é isso que estamos a fazer no PS”, afirmou o secretário-geral, António José Seguro, relevando como o partido está a trabalhar nessa matéria: “há menos de 15 dias, criei um grupo de trabalho para a reforma do sistema fiscal no nosso país e um dos pedidos que fiz a esse grupo de trabalho (que tem personalidades do PS e fora do PS) é, precisamente, o de encontrarem um sistema fiscal que seja justo e que financie através de novas formas os serviços públicos, com particular destaque para a educação e saúde”.

A saúde é uma das apostas mais fortes de Seguro, que vai dedicar toda a semana a este setor. Hoje, o secretário-geral do PS visitou o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, no Porto, e foi no final que alertou para a importância de “haver um conhecimento cada vez maior, por parte dos portugueses, em termos de hábitos alimentares e de outras atitudes”, de forma “a que possam ter uma melhor saúde, e também fazendo uma boa gestão, um combate em relação ao desperdício”.

O financiamento do SNS terá de ser concretizado através do sistema fiscal, no entender de Seguro. Essa foi a premissa do estudo encomendado ao novo grupo de trabalho: “não dei nenhum horizonte temporal, pedi apenas que tivessem tempo e que durante os próximos meses pudessem apresentar uma proposta global de sistema fiscal que tivesse como objetivo o financiamento das funções sociais do Estado, em particular da saúde e da escola pública”.

Na base dessa proposta terá de estar “a justiça fiscal, quer quando se distribui riqueza, quer, como neste momento, quando se exigem muitos sacrifícios aos portugueses”. Sacrifícios esses que, segundo o líder socialista, estão a colocar “em risco” o próprio direito à saúde. “O programa de ajuda financeira não pode justiçar tudo”, criticou.

Embora tenha dedicado a semana ao setor da saúde, António José Seguro foi confrontado com a crítica de Cavaco Silva ao anterior secretário-geral do PS. No prefácio do “Roteiros VI”, o Presidente da República acusou José Sócrates de falta de lealdade institucional. Uma intervenção que, para Seguro, está desprovida de sentido: “não entendo a utilidade para o país do prefácio no caso concreto das críticas que foram objeto de análise pública por parte do Presidente da República”.

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