Miguel Cadilhe, antigo ministro das Finanças, defendeu hoje a criação do “tributo de solidariedade”, um novo imposto que permitisse amortizar a dívida pública, uma vez que as receitas arrecadadas pelos impostos têm ficado abaixo do previsto.
O aumento da carga fiscal não teve resultados práticos, pois há cada vez menos receitas provenientes dos impostos, dadas as escaladas do desemprego e das falências de pequenas e médias empresas. Para suprir a falta de receita, o economista Miguel Cadilhe, antigo ministro das Finanças, teve uma ideia pouco original: criar um novo imposto.
Perante o Parlamento e o Governo, num seminário onde analisava o primeiro ano do programa de resgate financeiro, Cadilhe propôs o “tributo de solidariedade”, um novo “imposto de 4,0 por cento sobre a riqueza líquida em ‘one shot’”, ou seja, pago duma só vez e abrangendo todo os portugueses.
O economista não precisou o modelo de concretização deste novo imposto, referindo apenas que as verbas arrecadadas teriam de ser obrigatoriamente utilizadas para amortizar a dívida soberana de Portugal.
