Ciência

Âmbar preservou uma cauda de dinossauro durante milhões de anos em perfeitas condições

Uma cauda de dinossauro chegou aos nossos dias, muitos milhões de anos depois, graças ao âmbar, a resina fóssil que preservou o órgão em perfeitas condições.

O pedaço agora descoberto por cientistas do museu canadiano Royal Saskatchewan está em tão bom estado que até possui as penas, brancas e castanhas.

As primeiras análises apontam para que o achado tenha pelo menos 99 milhões de anos.

E onde é que estava esta cauda tão perfeita? À venda num mercado em Mianmar (ou Birmânia).

O vendedor, referiu um comunicado do museu, acreditava que estava a vender um bocado de uma planta exótica.

Mas trata-se mesmo de uma cauda, com ossos, músculos, pele e penas.

É o que sobra de um dinossauro do período Mezosóico, embora inicialmente os cientistas pensassem tratar-se dos restos de um pássaro do período Cetáceo.

Uma análise aos ossos tirou as dúvidas, pois as vértebras (25, neste caso) não estavam fundidas, como acontece nas aves modernas, mas sim separadas, assegurando a flexibilidade da cauda.

O dinossauro estaria vivo quando ficou preso no âmbar, uma vez que esta resina preservou também fluidos corporais (sangue, ao que tudo indica) junto ao que sobrou do corpo.

Ainda de acordo com os especialistas do Royal Saskatchewan, a cauda fossilizada terá sido retirada de uma jazida em Kachin, um estado de Mianmar que é conhecido desde o início do Cristianismo pelas atividades de transformação do âmbar (como colares e brincos).

Os arqueólogos acreditam que a exploração mineira será responsável pela destruição, por negligência ou intencional, de inúmeros fósseis nas jazidas de Kachin, sobretudo de insetos.

A descoberta é considerada ‘incompleta’ por esse motivo: a cauda terá sido a única parte a resistir à extração mineira, o que terá levado à destruição das outras partes do mesmo dinossauro que ficaram preservadas no âmbar.

A teoria principal aponta para que seja um espécime de Coelurosauria, um terópode com várias espécies, como aves e… os tiranossauros.

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