Cento e vinte metros cúbicos de água em Paços de Ferreira (Porto) custam 314 euros. A mesma quantidade, em Oleiros (Castelo Branco), fica-se pelos 18 euros. Estes são os extremos do preço que se pratica, dependentemente da região do país.
Entre Paços e Oleiros, há muitas diferenças, mas a que mais salta à vista é a disparidade do preço da água, que atinge uma dimensão incompreensível, multiplicada por 17. Números redondos, um consumidor de Oleiros paga, por mês, o que um consumidor pacense paga em dois dias.
O responsável por esta discrepância de preços de um mesmo bem de consumo, dependentemente da região do país é… o Estado. É ao Estado que cabe regular o setor. O problema poderá ser resolvido com uma privatização, que colo que Portugal ao nível de países europeus desenvolvidos.
Em Inglaterra, por exemplo, são entidades privadas que abastecem grande parte da população. Já em Portugal, verifica-se o inverso: uma fortíssima presença do Estado. Beber um copo de água em Paços de Ferreira é um luxo.