A troika revelou hoje que a visita a Portugal terminou, mas o Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia continuarão em diálogo com o Governo. É que a visita intercalar terminou, mas a sétima avaliação ainda não.
A missão da troika que esteve em Portugal para uma visita intercalar – que discutiu as medidas alternativas do Governo após o chumbo do Tribunal Constitucional – terminou nesta quinta-feira, com a partida dos responsáveis de FMI, Banco Central Europeu e Comissão Europeia.
Na bagagem, a troika leva algumas soluções para cortes da despesa, tendo em vista o cumprimento das metas do défice por parte de Portugal. No entanto, o clima de dúvida e instabilidade financeira que paira sobre o país leva os responsáveis da troika a intensificar o diálogo com o executivo de Passos Coelho.
Já em Bruxelas, representantes da troika revelaram agora que o próximo passo é “garantir uma conclusão atempada da sétima avaliação do programa de ajustamento”, para libertar a respetiva tranche.
As questões essenciais nesta visita intercalar são o cumprimento das metas do défice e o corte de despesas públicas. No entanto, a visita fica também marcada pelo ‘não’ de António José Seguro, que reuniu com a troika e com o Governo, manifestando abertura ao diálogo, mas sem abdicar de um princípio: mudar as políticas de austeridade e renegociar a dívida.