Economia

Acordo Trump-Juncker permite a Wall Street fechar com ganhos e recorde do Nasdaq

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em forte alta, com recorde do Nasdaq, depois do anúncio de acordo entre os presidentes da União Europeia e dos EUA, que afastou o cenário de guerra comercial entre estes conjuntos económicos.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o tecnológico Nasdaq estabeleceu um novo recorde no fecho da sessão, ao encerrar com uma valorização de 1,17 por cento, para os 7.932,24 pontos.

O alargado S&P500 progrediu 0,91 por cento, para as unidades, e o seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,68 por cento, para as 25.414,10.

Jean-Claude Juncker anunciou hoje, durante uma conferência de imprensa conjunta com Donald Trump, que europeus e norte-americanos tinham “concluído um acordo” na frente comercial.

A União Europeia vai aumentar “imediatamente” as suas importações de soja provenientes dos EUA, enquanto as duas economias preparam uma evolução para “tarifas alfandegárias zero” nas trocas industriais, com exceção das relativas ao setor automóvel, anunciou, por seu lado, Trump.

“Parece que, aos olhos dos investidores, que se evitou a guerra” comercial, comentou Gregori Volokhine, da Meeschaert Financial Services.

Se bem que estes anúncios tivessem sido feitos depois do encerramento do mercado bolsista, tinha havido fugas de informação antes do fecho, que provocaram uma subida dos índices.

Os valores do setor automóvel, muito negativos durante a sessão, acabaram a limitar as perdas, fechando a General Motors a perder 4,64 por cento, a Ford 0,47 por cento e a Fiat Chrysler 11,83 por cento.

Estas ações sofreram com a divulgação da intenção de Trump de aplicar tarifas de 25 por cento às importações de veículos automóveis, que poderiam afetar um volume comercial de 200 mil milhões de dólares (170 mil milhões de euros).

Acresce que a publicação das contas trimestrais da GM expôs o impacto do custo mais elevado das matérias-primas, uma consequência das novas taxas sobre as importações de aço e alumínio impostas pelo governo de Trump.

O presidente norte-americano prometeu, durante a conferência de imprensa conjunta com Juncker, “resolver” a questão das taxas alfandegárias sobre o aço e o alumínio importados da Europa.

O construtor aeronáutico Boeing, que chegou a estar a perder 3,5 por cento durante a sessão, devido aos resultados que apresentou, acabou por recuperar no final da sessão, encerrando com uma desvalorização de 0,66 por cento.

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