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Absolvida a polícia que respondia por tortura de mulheres e abuso de poder

psp 210 Uma agente da PSP, de 33 anos, foi hoje absolvida dos crimes de tortura sobre duas mulheres, abuso de poder e integridade física. O incidente remontava a 2011 e as queixosas nem sequer compareceram em tribunal, levando os juízes a criticar a falta de “vontade em esclarecer a verdade”.

Absolvida. A agente da PSP que foi acusada de, em 2011, ter agredido duas mulheres, cometendo os crimes de tortura, abuso de poder e integridade física, foi hoje ilibada pelo tribunal, em Lisboa.

De acordo com o despacho de acusação, citado pela Lusa, a polícia, de 33 anos, teria agredido as duas mulheres na Runa das Trinas, enquanto as levava para a esquadra do Largo do Calvário, e no interior destas instalações.

Segundo o despachado de acusação do Ministério Público, a agente policial, de 33 anos, teria perpetrado os crimes a caminho e no interior da esquadra do Largo do Calvário, em Lisboa, sobre duas mulheres que se encontravam na Rua das Trinas, acompanhadas por dois homens.

A versão do Ministério Público alegava que, a caminho da esquadra, a agente teria “desferido uma bofetada” numa das detidas, agredindo ambas no interior das instalações com um esticador, batendo “nas pernas, nas costas e nos braços” das duas queixosas.

Duas queixosas que nem sequer compareceram em tribunal, o que motivou as críticas dos juízes. O acórdão refere mesmo que as duas mulheres “nunca demonstraram qualquer vontade em esclarecer a verdade”.

Perante os factos apurados, o coletivo de juízes deliberou que as acusações não ficaram provadas, pelo que a polícia, atualmente adstrita ao Comando da PSP do Porto (mas que está em Torres Novas a frequentar o curso de formação de chefes, na Escola Prática de Polícia), foi absolvida.

Hélder Cristóvão, o advogado da agente da PSP, comentou o processo à saída da audiência: “Mais do que satisfeito com a absolvição, que já se esperava, estou satisfeito com a forma como o tribunal conduziu todos os trabalhos”.

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