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Abate de girafa em zoológico dinamarquês revolta associações de defesa animal e população

girafa 6girafa 600Consumou-se a morte de Mário, uma girafa do jardim zoológico de Copenhaga, na Dinamarca, animal que apresentava problemas de consanguinidade. Diversas associações de defesa animal e cidadãos empreenderam ações para salvar a girafa bebé, de um ano e meio de idade, mas sem sucesso. A pena capital foi cumprida neste domingo.

As perspetivas da morte de Mário (uma girafa com um ano e meio de vida) geraram uma onda solidária, para evitar esta pena capital, devido a problemas de consanguinidade, que o jardim zoológico dinamarquês invocava.

Com um único tiro, disparado com uma pistola pneumática de cravar pregos, a girafa foi abatida, de forma dolorosa, tornando infrutíferas as tentativas para a salvar.

A escolha desta pena de morte não foi, também, aquela que protegeria o animal. Os responsáveis do jardim zoológico optaram por um tiro, em vez de produtos farmacêuticos menos dolorosos. O objetivo foi proteger a carne da girafa, que vai agora servir de alimento para leões e tigres.

O jardim zoológico alegou que tinha de evitar a consanguinidade: risco de cruzamento dentro de uma espécie, cuja legislação europeias não permite. No entanto, a solução poderia passar por encontrar outro abrigo para a girafa.

Nesse sentido, milhares de pessoas rubricaram um abaixo-assinado e empreenderam outras ações para salvar Mário. Mas o zoológico manteve-se firme e cumpriu os planos de abate.

Bengt Holst, um dos responsáveis do jardim zoológico, revelou ao Ekstra Bladet, um jornal da Dinamarca, que foram procurados outros zoo, tendo em vista a transferência do animal. Mas nenhum se mostrou disponível para acolher a girafa.

No entanto, esta versão é contrariada. Segundo o Público, o Yorkshire Wildfire Park, localizado no Reino Unido, manifestou disponibilidade para receber o pequeno Mário. Mas nem assim foi possível salvar o animal.

A morte também não mereceu o recato que se exigia e dezenas de pessoas (entre as quais algumas crianças) assistiram à morte da girafa. Algumas associações de defesa animal acusam o zoológico de Copenhaga de querer usar a carne da girafa para poupar dinheiro na alimentação dos outros animais do espaço.

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