Jardim Gonçalves foi condenado a dois anos de prisão, com pena suspensa, por manipulação do mercado. O fundador do BCP tem de pagar uma coima de 600 mil euros. Filipe Pinhal e António Rodrigues também foram condenados a dois anos de prisão, igualmente suspensa.
O fundador do BCP, Jardim Gonçalves, e dois ex-administradores do banco, Filipe Pinhal e António Rodrigues, foram hoje condenados a dois anos de prisão, suspensa, por manipulação de mercado.
A pena fica suspensa durante igual período, ou seja, dois anos.
O tribunal aplicou ainda uma coima aos arguidos: Jardim Gonçalves terá de pagar 600 mil euros, enquanto o montante aplicado quer a Filipe Pinhal, quer a António Rodrigues foi de 300 mil euros.
Uma vez que a acusação não conseguiu provar todos os factos que pretendia impor aos arguidos, os juízes não puderam aplicar os limites máximos das coimas.
Segundo o Negócios, as coimas vão reverter para instituições de solidariedade.
Condenados pelo crime de manipulação do mercado, o ex-presidente e os ex-administradores do BCP foram absolvidos da acusação de falsificação de documentos.
Ficam, contudo, inibidos de exercer atividades financeiras ao longo dos próximos quatro anos.
O quarto arguido no processo, o antigo administrador Christopher de Beck, foi absolvido de todas as acusações.
Jardim Gonçalves e António Rodrigues deverão recorrer, como já anteciparam os respetivos advogados.
“Vamos continuar a lutar para que a decisão que pretendíamos que fosse tonada em primeira instância ocorra no tribunal de recurso”, adiantou o defensor do ex-presidente, Magalhães e Silva.
Rogério Alves, advogado de António Rodrigues, salientou que vai “analisar a sentença” em primeiro lugar.