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92 anos do PCP: Jerónimo de Sousa defende que Portugal caminha “para o descalabro”

jeronimo sousaNo 92.º aniversário do PCP, Jerónimo de Sousa, secretário-geral comunista, defendeu que Portugal “caminha para o completo descalabro”, por culpa do Governo e com a conivência dos “pantomineiros” da troika. A decisão de dar mais um ano ao país para cumprir o défice é “dar mais corda ao enforcado”.

Jerónimo de Sousa aproveitou um almoço de comemoração dos 92 anos do Partido Comunista Português, em Arraiolos, para tecer duras críticas ao Governo, dias depois de terminada a sétima avaliação da troika, da qual resultou um alargamento do prazo para cumprir as metas do défice.

O líder do PCP vê Portugal a caminhar “para o total descalabro”, o que foi confirmado nesta avaliação. “Diziam que a recuperação económica começaria em 2013. Depois, adiaram para 2014, agora para 2015. E em 2016 logo se verá…”, ironizou Jerónimo de Sousa, que vê as pessoas sem perspetivas de futuro.

“O país caminha para o completo descalabro. Estão confirmados [com esta avaliação da troika] o pior dos receios e as mais graves perspetivas sobre o futuro do país”, lamentou o líder comunista, ontem, apelidando o Governo e a troika de “pantomineiros”, que “enganam os portugueses” e “brincam” com as necessidades das pessoas.

Jerónimo de Sousa não acha positivo este alargamento do prazo para cumprimento das metas do défice. O líder comunista usa uma imagem para classificar a medida: “Isso é dar mais corda ao enforcado. É não sufocar a vítima de uma vez, mas antes aliviar um bocadinho, para continuarem a explorar Portugal”.

O líder do PCP reiterou a ideia que baseia o seu discurso: rasgar o memorando com a troika. “A rutura, não apenas com esta política, mas também com o pacto de agressão, tornou-se ainda mais imperiosa”, defendeu, no Pavilhão Multiusos de Arraiolos.

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