O Racing Santander foi eliminado da Taça do Rei (Espanha) por fazer greve. Assim que o árbitro apitou para o início do jogo com a Real Sociedade, os jogadores abraçaram-se em campo, enquanto o adversário trocava a bola. Ao fim de 40 segundos, o árbitro suspendeu a partida.
Os jogadores do Racing Santander entraram em greve assim que o árbitro deu início à segunda mão dos quartos de final da Taça do Rei, em Espanha. A Real Sociedade, que ganhara a primeira mão por 3-1, estava avisada e os jogadores foram trocando a bola em metade do campo, enquanto os titulares do Santander se abraçavam de frente para a baliza adversária.
O árbitro, Gil Manzano, também estava avisado. Ainda antes do início do encontro, os capitães do Racing Santander foram ao balneário informar a equipa de arbitragem que não iriam a jogo, por terem salários em atraso. Gil Manzano subiu ao relvado, deu início à partida e, ao fim de 40 segundos, perguntou ao capitão se o protesto se mantinha. Face à resposta afirmativa, o árbitro suspendeu o encontro.
Apesar da greve e da derrota administrativa (3-0), os jogadores do Racing Santander saíram ovacionados pelos adeptos. O clube, que milita na terceira divisão, tem cinco meses de salários em atraso e não será caso único no futebol espanhol. O plantel tinha exigido que o presidente, Ángel Lavín, apresentasse a demissão antes do encontro com a Real Sociedade, mas o dirigente recusou-se a sair.
“Não foi fácil tomar esta decisão, mas tínhamos de fazê-lo, porque esta gente só prejudica o clube. No ano passado, já havia sinais, viam-se coisas. Este ano assistimos à gota de água que fez transbordar o copo”, explicou Javi Barrio, enquanto o colega Mariano Sanz complementava: “renunciámos ao que mais gostamos. Queríamos jogar, mas não queremos que pisem os nossos direitos”.
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