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Os homens machistas têm maior risco de sofrer de problemas mentais

Segundo um estudo de investigadores da Universidade de Indiana, nos EUA, os homens que são machistas enfrentam maior probabilidade de sofrer de problemas de saúde mental. O estudo, publicado no Journal of Counseling Psychology, revela também que as probabilidades de homens machistas procurarem ajuda de um profissional de saúde na área da psicologia é diminuta.

Há uma associação entre os machistas e os problemas mentais. De acordo com um estudo realizado nos EUA, aquela caraterística de alguns homens leva-os também a apresentar maior resistência na procura de ajuda médica.

Os investigadores da Universidade de Indiana fizeram uma exaustiva análise a 80 estudos feitos desde 2005, sobre a temática da saúde mental.

Recolheram dados de mais de 19,4 mil pessoas, avaliaram comportamentos, em homens e mulheres, para conseguir estabelecer um padrão, uma associação entre a personalidade e a saúde mental.

Dentro do conceito do machismo, analisaram caraterísticas como a tendência para o controlo sobre terceiros, a vontade de vencer as mulheres, de ter maiores rendimentos, de serem mulherengos, dominar pessoas, procurar estatuto, dar prioridade ao trabalho e confiarem sobretudo em si mesmos.

Depois, os investigadores tiraram conclusões e verificaram que os homens que apresentavam problemas de saúde mental tinham três caraterísticas: eram mulherengos, tentavam controlar as mulheres e apenas confiavam em si.

A qualidade do homem machista está associada a um comportamento: dificuldade de dar o braço a torcer. A fé em conceitos como “o homem não chora”, muito comum nos machistas, impede-os de procurar ajuda de um psicólogo.

“Este estudo revela que necessitamos de encontrar soluções socioculturais para a saúde dos homens”, defende Michael Flood, professor de sociologia da Universidade de Wollongong, na Austrália.

Em declarações ao IFLove Science, realça também que “devemos expandir as noções que temos sobre a masculinidade”.

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