Insólito

Foi despedido por faltar ao trabalho durante 24 anos

faltou 24 anos Um organismo estatal da Índia despediu um funcionário por faltar ao trabalho ao longo de 24 anos. A. K. Verma, que exercia o cargo de engenheiro assistente executivo, saiu mais cedo um dia por se sentir mal. Foi em 1990 e desde essa altura que não voltou ao trabalho.

É uma versão laboral do ‘vou só comprar tabaco e já volto’. Um engenheiro saiu mais cedo do trabalho, em 1990, e nunca mais foi visto ao serviço.

Só este mês é que A. K. Verma, que exercia o cargo de engenheiro assistente executivo, foi despedido pelo organismo estatal da Índia para o qual ‘trabalhava’, o CPWD.

O caso do funcionário faltoso só foi descoberto porque o mesmo pediu uma extensão da licença, “que não foi aprovada”, de acordo com uma nota emitida pelo CPWD.

Verma entrou ao serviço da função pública indiana em 1980, sendo promovido à categoria de engenheiro executivo em 1990: precisamente o último ano em que apareceu para trabalhar.

As faltas constantes levaram o organismo a abrir uma investigação em 1992. Os procedimentos para o despedimento foram iniciados em 2007. Contudo, só agora, em janeiro de 2015, é que foi oficialmente despedido.

O mais insólito ainda é que teve de ser um ministro, nomeadamente o que tutela o Desenvolvimento Urbano, M. Venkaiah Naidu, a decretar o despedimento, em nome do “correto funcionamento do CPWD”.

O caso de A. K. Verma é apenas um dos muitos que testemunham a ineficácia da máquina burocrática da Índia, um país onde é normal chegar tarde ao trabalho, realizar almoços prolongados e até, a um nível hierárquico superior, faltar várias horas para jogar golfe.

De acordo com o Banco Mundial, a Índia tem as leis do trabalho mais rígidas do mundo no que concerne aos despedimentos: aparte a conduta criminal, o despedimento é quase uma impossibilidade.

Verma não é caso único, como lembra a imprensa indiana: em agosto do ano passado, um professor foi despedido depois de ter estado 23 anos sem dar aulas…

 

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