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Comunidade lusa no Canadá chocada com homicídio de portuguesa

Maria de Sousa, portuguesa de 81 anos que vivia em Otava, no Canadá, teve uma morte “suspeita”. Tudo aponta para que tenha sido vítima do próprio filho, num caso que está a chocar a comunidade lusa no país.

Paulo de Sousa, de 40 anos, é o principal suspeito da morte da mãe, uma mulher muito estimada na região.

“A comunidade portuguesa, tal como este tipo de crime indica, ficou bastante surpreendida e chocada com o caso”, adiantou António Macedo, do Centro Cultural Português de Kingston, em declarações à Lusa.

“Não se esperava outra reação, especialmente tendo o caso os contornos que teve”, acrescentou.

Maria de Sousa, que tendo nascido em Kingston (Canadá) possuía nacionalidade portuguesa, deu entrada num hospital já sem vida, a 10 de fevereiro.

O hospital alertou as autoridades sobre a “morte suspeita” da mulher, dados os indícios de que teria sido vitimada por agressões.

Três dias depois, a polícia deteve Paulo de Sousa, de 40 anos e filho da vítima, com o qual vivia.

Foi também detida Danielle Leblanc, de 36 anos e namorada do principal suspeito.

A polícia de Otava indiciou o casal por homicídio premeditado em primeiro grau, convicta de que Maria de Sousa terá sido agredida até à morte.

A portuguesa, oriunda de uma família “predominante” de Kingston, era bastante conhecida e estimada na região, acentuou António Macedo.

“A vítima era irmã de uma empresária que é bastante conhecida na comunidade, com um volume de negócios grande em Kingston”, reforçou.

Na cerimónia fúnebre, realizada no sábado, na Igreja Nossa Senhora de Fátima (em Kingston), Maria de Sousa foi lembrada como “mãe amada de três filhos”, incluindo do mais novo, Paulo de Sousa.

A comunidade portuguesa na região de Otava é composta por cerca de 10 mil pessoas.

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