Ciência

Cancro: Cientistas dão “ordem de prisão” a tumor da mama raro e agressivo

Uma equipa de investigadores australianos desenvolveu um tratamento que, dizem eles de forma simples, “dá ordem de prisão” às células responsáveis pelo crescimento de um raro e agressivo tumor da mama.

Até agora, as tentativas para travar o desenvolvimento do cancro da mama triplo negativo, que se distingue dos outros cancros da mama pela ausência de três biomarcadores (os recetores que ‘fixam’ os químicos da medicação).

No estudo, os cientistas do Walter and Eliza Hall Institute (WEHI), de Melbourne, conseguiram parar o desenvolvimento das células cancerosas juntando dois imunossupressores, o anti-PD1 e o anti-CTLA4, à quimioterapia convencional.

Ao mesmo tempo, este novo tratamento impediu que o cancro ‘desligasse’ o sistema imunológico, fazendo aumentar as hipóteses de sucesso da quimioterapia.

“A combinação destes dois novos compostos com a quimioterapia deu ordem à de prisão aos tumores”, revelou o investigador que liderou o trabalho, Daniel Gray, numa explicação bem acessível a todos: “Estamos muito contentes por podermos apresentar estes resultados que abrem um novo paradigma no tratamento do cancro da mama triplo negativo”.

Uma técnica semelhante já tinha dado resultados positivos no combate aos melanomas e ao cancro do pulmão, mas ainda não havia forma de travar o crescimento deste raro e agressivo cancro da mama.

“A nossa esperança é combinarmos dois tipos de imunoterapia com a quimioterapia para tratar de forma mais eficaz as mulheres que tenham um defeito no gene  BRCA1 e desenvolvam cancros da mama mais agressivos”, concluiu Geoff Lindeman.

De acordo com este investigador, que esteve envolvido no estudo, os resultados são suficientemente prometedores para que se avance com os ensaios em humanos.

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