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A barriga de cerveja pode ser um mito

Numa época em que a sua produção artesanal cresce vertiginosamente, o mito de que a cerveja distende o estômago, provocando a conhecida ‘barriga de cerveja’, pode estar com os dias contados.

O crescimento da produção artesanal de cerveja promete desmistificar algumas ideias pré-concebidas sobre o consumo desta bebida.

Há cada vez mais estudos a sustentar que um copo de cerveja é bom para a saúde e que reforça a empatia emocional, tornando as pessoas mais sociáveis.

Em 2016, o Instituto Neurológico Mediterrâneo, em Itália, concluiu que beber todos os dias uma quantidade limitada permite reduzir em 25 por cento os riscos de padecer de doenças cardiovasculares, como acidente vascular cerebral e doença arterial.

Os investigadores italianos defendem que a cerveja não cria uma atitude de dependência sobre a bebida, mas alertam que o consumo ideal deve ser de apenas duas cervejas diárias para os homens, enquanto as mulheres devem beber apenas uma.

Na mesma senda, uma investigação levada a cabo pela Universidade de Lanzhou, na China, atesta que o consumo da cerveja previne doenças como o Alzheimer e Parkinson. A produção da bebida está ligada ao composto xantohumol, encontrado na planta da qual é produzida a cerveja, que possui capacidades para proteger as células neuronais.

Os benefícios do consumo controlado da cerveja estão expostos nos mais variados estudos que, curiosamente, sustentam em quase todas as ocasiões o ‘limite’ de duas cervejas.

É o caso da Universidade de Greenwich, em Londres, que entre as 18 investigações desenvolvidas destacou que o referido consumo de duas cervejas pode ser mais eficaz que tomar comprimidos analgésicos.

“As pesquisas revelam que o álcool é um analgésico eficaz, que provoca reduções clinicamente relevantes na avaliação da intensidade da dor, apesar das potenciais consequências para a saúde a longo prazo”, revelam os investigadores.

Certo é que o consumo de cerveja atravessa por estes dias números consideráveis. A produção artesanal da bebida veio-lhe retirar algum negativismo quanto às doenças por si provocadas, bem como a ‘barriga de cerveja’.

Aliás, cada copo de cerveja apresenta em média 42 calorias, enquanto um de vinho branco tem 70. Se pensarmos num copo de vinho tinto, o número de calorias é ainda maior (82), mas, ainda assim, muito abaixo das calorias presentes num copo de bebida branca, com um copo de whisky, por exemplo, a equivaler a 245 calorias.

Em contraponto com as demais bebidas alcoólicas, a cerveja é composta essencialmente por água (92 por cento), sendo que não contém conservantes nem aditivos no final do processo de fabrico, o que tem ajudado a desmistificar a ideia de este consumo originar a tão conhecida ‘barriga de cerveja’.

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