Economia

Wall Street encerra sem rumo com subida dos juros e aproximação dos resultados

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje sem rumo, com os investidores a demonstrarem prudência perante as flutuações das taxas de juro nos EUA e a aproximação da época de divulgação dos resultados trimestrais das empresas.

Os resultados definitivos indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average cedeu 0,21 por cento, para os 26.430,57 pontos.

Também em baixa, o alargado S&P500 perdeu 0,14 por cento, para as 2.880,34 unidades, enquanto o tecnológico Nasdaq apresentou um progresso irrisório de 0,03 por cento, para os 7.738,02 pontos.

Os investidores “ainda estão a digerir os movimentos no mercado obrigacionista”, afirmou Bill Lynch, da Hinsdale Associates.

O rendimento das obrigações do Tesouro a dez anos subiu, com força, no início da sessão, atingindo o nível mais elevado desde 2011, nos 3,262 por cento, ao passo que o das obrigações a 30 anos cresceu para um máximo de quatro anos, nos 3,447 por cento.

Posteriormente, as taxas desceram, com a relativa aos dez anos a evoluírem, pelas 21:15 de Lisboa, nos 3,204 por cento e a dos 30 anos nos 3,365 por cento.

Entretanto, “vários indicadores de inflação são esperados durante esta semana e devem apresentar uma subida de preços contida, o que deve impedir uma subida das taxas de juro e, portanto, favorecer as ações”, observou Lynch.

Mas a tendência para a subida das taxas provavelmente não vai desaparecer completamente.

E mesmo que seja consequência da boa saúde da economia dos Estados Unidos da América, a sua recente subida pode assinalar o fim de festa para os investidores em Wall Street, que têm beneficiado em muito, nos últimos anos, das taxas baixas do banco central norte-americano para recorrerem massivamente ao dinheiro barato.

Por outro lado, os investidores estão a ajustar as posições, quando faltam poucos dias para o início da época dos resultados das empresas, correspondentes ao terceiro trimestre, cujo início vai ser na sexta-feira, com a divulgação dos números de três grandes bancos, JPMorgan Chase, Citigroup e Wells Fargo.

“Temos a impressão clara que a festa já passou e que a orquestra está em vias de fazer as malas e regressar a casa”, comentaram os analistas da DataTrek.

Depois de subidas excecionais de 24,8 por cento e 25 por cento no primeiro e segundo trimestres, a previsão de crescimento dos lucros das empresas no terceiro trimestre é de 19,2 por cento, avançaram estes especialistas, um nível sólido, mas inferior ao dos dois primeiros trimestres.

Mas os investidores vão dar atenção sobretudo ao crescimento do volume de negócios e às previsões para 2019, consideraram.

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