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Vice-presidente da bancada do PS “é credor da confiança” de Carlos Zorrinho

carlos-zorrinho1O vice-presidente do grupo parlamentar socialista, Pedro Nuno Santos, referiu que se está a “marimbar” para a dívida portuguesa e teceu afirmações que podem ser entendidas como um apelo ao incumprimento de Portugal e a uma chantagem contra alemães e franceses. Carlos Zorrinho, líder da bancada do PS, entende que as declarações foram “excessivas”, mas mantém “total confiança” no deputado.

O deputado Pedro Nuno Santos, vice-presidente da bancada socialista e líder do PS-Aveiro, fez a apologia da ameaça de incumprimento por parte de Portugal e disse que, “ou os alemães se põem finos”, ou Portugal deve recorrer à “bomba atómica, usada na cara” dos alemães e dos franceses: “não pagar a dívida.

“Estou-me marimbando que nos chamem irresponsáveis”, acrescentou o vice-líder do grupo parlamentar socialista. “Se não pagarmos a dívida, as pernas dos banqueiros alemães até tremem”, referiu também Pedro Nuno Santos.

Pedro Nuno Santos lamenta que “infelizmente, os líderes destes Estados” devedores, entre os quais Portugal, “não usem a única arma que têm”… “Provavelmente, nunca jogaram póquer e não sabem que estamos numa guerra política, onde numa primeira fase deve ser feito ‘bluff’”, sustentou.

O também líder do PS-Aveiro concluiu a sua ideia de forma arrebatadora: “Se não pagarmos a dívida e se lho dissermos, as pernas dos banqueiros alemães até tremem”.

Confrontado com estas declarações – feitas num discurso em Castelo de Paiva – Carlos Zorrinho, líder parlamentar do PS, põe água na fervura. Reconhece “excessos”, mas defende que se revê na essência das ideias de Pedro Nuno Santos.

“O deputado fez as declarações num contexto especial, usou uma imagem metafórica para dizer uma coisa que tem de ser dita: Portugal tem de pagar a dívida, o Partido Socialista quer que a dívida seja paga, mas essa dívida não pode ser paga a qualquer preço”, sustentou Carlos Zorrinho.

O líder parlamentar do PS sustentou que “é muito importante que a Alemanha e outros países” da UE “compreendam que, para Portugal poder pagar a dívida, é necessária outra política, outras condições para o crescimento e uma aposta na economia, para que as pessoas sejam salvaguardadas neste processo”.

Carlos Zorrinho admite que as palavras de Pedro Nuno Santos “foram fortes e a imagética terá sido excessiva”, mas o líder parlamentar socialista diz que “está de acordo com as ideias que o deputado Pedro Nuno Santos quis transmitir”. Nesse sentido, não retira confiança ao vice-presidente do grupo parlamentar. “Mantenho toda a minha confiança no deputado da minha bancada”, afirmou Carlos Zorrinho.

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