Duas pessoas ficaram feridas quando a PSP desmobilizava a manifestação contra a tourada da Senhora da Agonia. Rita Silva, presidente da associação Animal, acusa a polícia de agressão e promete enviar “um ofício para o senhor ministro”. Raúl Curva admite o uso de “alguma força”.

A manifestação contra a tourada em Darque (Viana do Castelo), realizada durante as festas em honra da Senhora da Agonia, terminou com a associação Animal a acusar a PSP de agressão, com a polícia a defender que não teve outro recurso. Dos incidentes resultaram dois feridos, assistidos no local pelos bombeiros e pelo INEM.

“O que aconteceu aqui foi uma vergonha”, garantiu Rita Silva, presidente da Animal, citada pela Lusa: “pessoas da Animal foram agredidas. Nunca em dez anos tive um problema que fosse com uma entidade policial e hoje tocaram-me quando eu não faltei ao respeito a ninguém. Todos os agentes estão identificados e segunda-feira [hoje] seguirá um ofício para o senhor ministro, porque a nossa associação não está aqui a brincar”.

O comando da PSP de Viana do Castelo admite que a força policial teve de agir perante a resposta dos manifestantes. O segundo comandante Raúl Curva salienta que algumas pessoas terão furado o perímetro de segurança, colocado a 300 metros da arena amovível que acolheu a tourada: “infelizmente tivemos de usar alguma força, a necessária quando as pessoas reagem contra a polícia”.

A manifestação terá reunido cerca de 200 pessoas, que protestavam contra a realização de uma tourada em Viana do Castelo, a segunda desde que a cidade assumiu, em 2009, o título de ‘antitourada’.  Durante as manobras para repor o perímetro de segurança, que envolveu mais de 20 agentes da PSP (inclusive do Corpo de Intervenção), um homem e uma mulher foram alegadamente agredidos, sendo assistidos por elementos das duas ambulâncias que foram chamadas à ocorrência.