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Tráfico de armas: Tribunal pede reforço policial no processo ‘Guns N’ Roses’

justicaA 2.ª Vara Mista de Gaia pediu reforço policial para o julgamento, a partir de 14 de novembro, do processo ‘Guns N’ Roses’, relacionado com uma das maiores investigações ao mercado ilegal de armamento no Norte do país.

O pedido à PSP consta do despacho de receção da acusação, proferido por um juiz da 2.ª Vara Mista da Comarca de Gaia, em que também se transfere o julgamento para a sala da Assembleia Municipal, tendo em conta que falta ao tribunal uma sala com capacidade para receber 42 arguidos e demais intervenientes processuais.

Refere o despacho que o julgamento decorrerá de segunda a quinta-feira, de manhã e de tarde, e adianta que as 46 testemunhas de acusação só serão chamadas a partir da terceira sessão, que ocorrerá em 16 de novembro.

Estão em causa crimes de tráfico/mediação e detenção ilegal de armas, num processo em que o vigilante Rui “Cuca”, que está preso preventivamente, é dado como principal arguido.

Segundo a acusação, o feirante Rui Lamares Piedade, também sujeito à medida de coação mais gravosa, seria um sócio informal de “Cuca” nos seus negócios de armas e munições.

Já o desempregado Vítor ‘Batuna’ (em prisão domiciliária com pulseira eletrónica) funcionaria como “braço direito e o homem de confiança” do alegado líder e o agente da PSP Dinis Vieira integraria um grupo de intermediários.

Ao processo são ainda chamados, como arguidos, armeiros legalmente estabelecidos no Porto e em Gaia, por alegada introdução no circuito clandestino de munições que sobravam da cota atribuída a detentores legais de armamento.

Na acusação, o Ministério Público diz que estes ilícitos se prolongaram pelo menos desde agosto de 2009 e até 04 de maio de 2010, altura em que a Polícia Judiciária (PJ) avançou para buscas e detenções, no âmbito da operação ‘Guns N’ Roses’.

“A matéria em investigação é extremamente complexa, sendo que a prova que sustenta a acusação é sólida”, assinalou um juiz de instrução criminal.

“Foram apreendidas dezenas de armas de fogo e milhares de munições, automóveis de gama alta e vários quilos de ouro e artefactos de ourivesaria, sendo que não foi justificada, de forma legal, a sua posse”, acrescentou o magistrado.

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