Em véspera do Rali Dakar 2014, Carlos Sousa assume que o seu objetivo para a maior prova do todo-o-terreno mundial é terminar entre os dez primeiros. Para tal confia nas capacidades do Great Wall Haval, que volta a guiar no evento sul-americano.

A marca chinesa aposta no português e no francês Christian Laveille para atingir os seus objetivos, acreditando que a fiabilidade do Haval – provada nos mais de seis mil quilómetros do Grande Rali da China – será o seu grande trunfo, juntamente com a experiência da sua dupla de pilotos.

Enquanto o chinês Zhou Yong (22.º no Dakar de 2011) trocou a Great Wall por um Mini All4 Racing da X-Raid, Carlos Sousa e Christian Laveille acreditam que o Haval tem o que é preciso para vencer as dunas e o calor do deserto do Atacama, onde se vai centrar a parte mais complicada do Rali Dakar 2014.

“Temos um carro fiável, mas que ainda não tem o desempenho dos Mini, os Toyota ou mesmo os BMW, já para não falar dos Buggy, que continuam a beneficiar de um regulamento técnico bastante mais permissivo, colocando-os num outro patamar”, sublinha o piloto português.

“Neste contexto não podemos pensar que vamos para cada etapa a pensar que vamos discutir um lugar no pódio. Temos que continuar a ser regulares e apostar cada vez mais na fiabilidade, ainda mais numa edição que pode ser a mais dura de sempre na América do Sul”, prossegue.

Embora admita que a saída do chinês Zhou o deixou triste, face à excelente relação que mantinha com ele, Carlos Sousa considera que a experiência de Laveille é importante para as ambições da Great Wall.

“A equipa decidiu reforçar-se com um piloto mais experiente, que seguramente vai discutir as mesmas posições que eu. Nunca corremos na mesma equipa mas já nos defrontamos várias vezes.

É um piloto rápido e consistente e muito bom tecnicamente. Tem participado ativamente no desenvolvimento do carro para este Dakar, pelo que vai ser uma mais valia para a equipa”, acrescenta o piloto de Almada.