Economia

TAP: Secretário de Estado admite que faltam “condições” e “modelo” para a privatização

O governante argumentou que a primeira etapa será criar “as condições para que a TAP seja privatizada”, depois de, à primeira tentativa, apenas um comprador ter atingido a parte final do processo. Dois meses e meio depois do cancelamento do concurso, por “não estarem cumpridos todos os critérios que tínhamos definido à partida”, a transportadora nacional quer voltar ao radar dos “reais interessados”, os quais “só poderão existir no momento em que o processo de privatização for lançado”, comentou o secretário de Estado.

Em dezembro, quando o Governo cancelou o concurso, Sérgio Monteiro traçou como prioridade a estabilização financeira da TAP, sobretudo na tesouraria, para manter a empresa como apetecível: “temos que criar condições de sustentabilidade a curto e a médio prazo da TAP para que a empresa possa ter o contributo que tem hoje na economia nacional, mas sobretudo criar condições para que no futuro ela possa ter um contributo ainda mais positivo”.

Desde então que a tutela se tem mantido em silêncio quanto ao calendário para relançar a privatização. “Eu diria que muito do sucesso do novo processo que oportunamente o Governo abrirá passa pelo momento presente e por isso é que deixámos claro que o que temos no imediato de fazer é criar um plano de sustentabilidade, estabilizando a tesouraria e criando condições para que se crie valor imediato do lado da TAP”, explicara, em dezembro, o secretário de Estado.

Os meios da especialidade admitem que o Governo pretenda vender, primeiro, a TAP Manutenção & Engenharia do Brasil, permitindo com essa verba estabilizar a tesouraria da companhia aérea e, posteriormente, avançar com mais calma para a privatização.

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