Sondagem da Marktest revela que os portugueses culpam José Sócrates da crise que Portugal enfrenta. Cavaco Silva deveria ter sido mais pró-ativo e Passos Coelho acaba ilibado pela grande maioria dos entrevistados. Estudo de opinião foi realizado após o congresso do PS, no auge das críticas ao PSD.
A avaliação dos portugueses sobre a prestação dos políticos nesta crise é analisada num trabalho da Marktest e não é favorável a José Sócrates, já que 67 por cento dos inquiridos não concorda com a ideia do Governo, segundo a qual o PEC 4 evitaria um resgate a Portugal.
Por outro lado, 65 por cento dos inquiridos culpa o primeiro-ministro demissionário como principal culpado da crise, número que contrasta com os 10 por cento que atribuem responsabilidade a Pedro Passos Coelho.
Na análise aos culpados do pedido de resgate, José Sócrates também não consegue convencer os portugueses, já que 48 por cento coloca sobre os ombros do chefe do Governo a responsabilidade do pedido de ajuda externa, o que contrasta com os 24 por cento que incidem sobre Passos Coelho.
A prestação do Presidente da República também é analisada, sendo que Cavaco Silva é criticado por 86 por cento dos inquiridos, que esperavam mais ação do Presidente da República. No entanto, somente um em cada dez entrevistados culpa o chefe de Estado, quer do pedido de ajuda, quer na crise política que levaram à troika.
Esta sondagem – realizada entre 11 e 13 de abril, após o congresso do PS – revela que os portugueses acreditam num regresso à normalidade em apenas cinco anos, com 23 por cento a temer que este processo de resgate demore mais tempo.
